Alexandre Ramagem é alvo da Operação Vigilância Aproximada

Polícia Federal deflagra operação para investigar organização criminosa na Agência Brasileira de Inteligência (Abin), liderada por Alexandre Ramagem, que teria monitorado ilegalmente autoridades e políticos. (Foto: Tomaz Silva)
Polícia Federal deflagra operação para investigar organização criminosa na Agência Brasileira de Inteligência (Abin), liderada por Alexandre Ramagem, que teria monitorado ilegalmente autoridades e políticos. (Foto: Tomaz Silva)

A Operação Vigilância Aproximada, conduzida pela Polícia Federal nesta quinta-feira (25/01/2024), tem como um dos principais alvos Alexandre Ramagem, ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e atual deputado federal pelo PL-RJ. A investigação visa apurar uma organização criminosa que supostamente instalou-se na Abin para realizar monitoramento ilegal de autoridades, jornalistas e políticos, utilizando a ferramenta de geolocalização First Mile sem autorização judicial.

Nomeado diretor-geral da Abin em 2019 pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, Ramagem deixou o cargo em março de 2022. A suspeita de seu envolvimento nessa atividade criminosa foi levantada pelo presidente do PL, Valdemar Costa Neto, que alegou ser uma perseguição política.

A utilização indevida do sistema de geolocalização já havia sido denunciada à Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) por operadoras de telefonia. A Anatel confirmou a existência de três processos em andamento relacionados ao assunto, mas com restrições de acesso de acordo com a legislação.

A Operação Vigilância Aproximada cumpre 21 mandados de busca e apreensão, além de medidas cautelares que incluem a suspensão imediata do exercício das funções públicas de sete policiais federais. As diligências ocorrem em Brasília, Juiz de Fora (MG), São João Del Rei (MG) e Rio de Janeiro. A ação é uma continuação das investigações da Operação Última Milha, deflagrada em outubro do ano passado, que apontou a criação de uma estrutura paralela na Abin para produção de informações com fins políticos e midiáticos.

Em outubro de 2023, a Abin informou que sua Corregedoria-Geral havia concluído uma correição extraordinária sobre o sistema de geolocalização, instaurando uma sindicância interna para apurar possíveis irregularidades. As informações apuradas estavam sendo repassadas aos órgãos competentes, e os servidores investigados já haviam sido afastados. O Ministério Público Federal também iniciou um procedimento sobre o uso irregular do sistema pela Abin, seguido por um inquérito da PF para aprofundar a investigação.

*Com informações da Agência Brasil.


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