Amor e Tradição: 93 Anos de história do Esporte Clube Bahia

Depoimento emocionante do fundador Carlinhos Koch de Carvalho revela os bastidores da criação do Bahia, conforme descrito no livro "Bahêa, Minha Paixão: Primeiro Campeão do Brasil" de Nestor Mendes Jr
Depoimento emocionante do fundador Carlinhos Koch de Carvalho revela os bastidores da criação do Bahia, conforme descrito no livro "Bahêa, Minha Paixão: Primeiro Campeão do Brasil" de Nestor Mendes Jr

Nas páginas do livro “Bahêa, Minha Paixão: Primeiro Campeão do Brasil,” Nestor Mendes Jr. guia os leitores por uma viagem pelos 93 anos do Esporte Clube Bahia. O depoimento de Carlinhos Koch de Carvalho, baiano e fundador do clube, datado de 16 de janeiro de 1970, revela os bastidores da noite de 8 de dezembro de 1930. No cabaré do Jockey Club da Bahia, a fusão dos times Bahiano e Associação deu origem ao Bahia. A escolha das cores, marcada pela impugnação do preto por Waldemar, culminou no vibrante grito de Julinho: “Bahia, Bahia, Bahia!”.

“Na noite de 8 de dezembro de 1930 (data fácil de guardar, pois dos tradicionais festejos da Conceição da Praia), cinco amigos encontravam-se numa das mesas do cabaré do Jockey Club da Bahia, sem nenhum motivo preestabelecido. Pela ordem alfabética dos nomes: Carlos Koch de Carvalho, Eugênio Walter de Oliveira (Guarany), Fernando Tude, Júlio Almeida e Waldemar de Azevedo Costa. Os quatro primeiros, do Baiano; Waldemar, da Associação. Conversa vai, conversa vem, veio à baila a notícia publicada no Diário da Bahia, na véspera (N.R.: Sobre a fusão dos times de futebol do Bahiano e da Associação). Sugeri a cor preta (do Bahiano) e a cor azul (da Associação). Em momento de rara felicidade, porém, Waldemar, rindo, impugnou o preto, alegando que ‘preto só no campo. Como distintivo ou cores simbólicas de um clube, sempre deu azar’. Rimo-nos todos, e ele lembrou o branco (do Bahiano) e o azul (da Associação) e… e o vermelho. Saltaram-nos aos olhos as cores emblemáticas da estremecida Bahia (N.R.: Referência à crise política advinda da Revolução de 1930). Fulminantemente, Julinho, entusiasmado, grita: ‘Bahia, Bahia, Bahia!’. De pé, todos o acompanhamos: ‘Bahia, Bahia, Bahia!’”, narra Carlinhos Koch de Carvalho.

Em 1° de janeiro de 1931, nascia o Esporte Clube Bahia para encantar gerações, resistindo a momentos de tensão e tristeza, mas sempre impulsionado pelo amor e pela paixão.


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