No cenário agrícola baiano, o ano de 2023 se destacou como um marco histórico, com a safra de grãos atingindo a impressionante marca de 12.148.058 toneladas, representando um aumento significativo de 6,9% em relação ao ano anterior. Esse resultado, apontado pela última estimativa do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) realizado pelo IBGE, posicionou a Bahia como o sétimo maior produtor de grãos do país, contribuindo com 3,9% do total nacional.
Entre os principais impulsionadores desse recorde, destacaram-se as expressivas expansões nas produções de algodão herbáceo, soja e milho 1ª safra, que registraram incrementos de 29,1%, 4,5% e 7,3%, respectivamente. No entanto, as expectativas para 2024 pintam um quadro diferente. O terceiro prognóstico indica uma queda de 9,3% na safra baiana de grãos, projetando 11.021.760 toneladas. Essa revisão para baixo é particularmente influenciada pelas reduções previstas nas produções de soja e milho 1ª safra, apresentando desafios para o setor agrícola do estado.
Essa perspectiva adversa para 2024 reflete a complexa dinâmica da agricultura, com fatores como a diminuição da área colhida de soja em 6,0% e a significativa redução de 32,7% na área destinada ao milho 1ª safra. A Bahia, principal produtor nacional de soja, enfrentará uma diminuição de 5,9% na produção desse grão em relação a 2023. Em contrapartida, o algodão herbáceo apresenta uma revisão positiva, apontando um crescimento de 1,7% em comparação com o ano anterior.
As projeções nacionais para 2024 também indicam um cenário desafiador, com uma redução esperada de 2,8% na safra brasileira de grãos, totalizando 306,5 milhões de toneladas. Esse panorama sinaliza a necessidade de atenção e adaptação por parte dos agricultores, à medida que a Bahia se prepara para enfrentar as oscilações na produção agrícola no próximo ano.
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