BNDES investe R$ 3,2 bilhões em projeto eólico na Bahia; Complexo Babilônia Centro promete abastecer mais de 1 milhão de lares

Complexo Babilônia Centro, maior em volume já financiado pelo BNDES, inicia operações em outubro de 2025 e promete transformar matriz energética brasileira.
Complexo Babilônia Centro, maior em volume já financiado pelo BNDES, inicia operações em outubro de 2025 e promete transformar matriz energética brasileira.

No coração do Centro-Norte da Bahia, um ambicioso projeto eólico está prestes a revolucionar a matriz energética nacional. Financiado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) com um montante expressivo de R$ 3,2 bilhões, o Complexo Babilônia Centro, resultado de uma parceria entre a Casa dos Ventos e a ArcelorMittal, entrará em operação a partir de outubro de 2025. Este empreendimento, que representa o maior volume já financiado pelo BNDES para geração renovável, promete gerar energia suficiente para abastecer mais de 1 milhão de lares, contribuindo significativamente para a transição do Brasil para uma matriz energética mais sustentável.

Localizado nos municípios de Morro do Chapéu e Várzea Nova, o Babilônia Centro, com seus 123 aerogeradores, terá uma capacidade instalada de 553,5 MW e estimativa de geração de 267 MW. Além de seu impacto na oferta de energia, o complexo será responsável por cerca de 40% do consumo elétrico da ArcelorMittal no Brasil, tornando a empresa autossuficiente por meio do maior contrato corporativo de energia renovável do país.

O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, ressalta que a operação reforça o compromisso do banco com projetos de grande escala em geração renovável, buscando uma matriz energética mais sustentável para o Brasil, com produção de energia limpa e estímulo à descarbonização. Luciana Costa, diretora de Infraestrutura, Transição Energética e Mudança Climática do BNDES, destaca a posição privilegiada do Brasil na transição energética global, com projetos financiados pelo banco representando mais da metade da capacidade eólica instalada no país.

O empreendimento não apenas promete um impacto positivo na matriz energética, mas também na economia local, com previsão de criação de 1.500 empregos diretos e 3.000 indiretos durante a fase de implantação. Após a conclusão, o complexo eólico continuará a empregar diretamente 80 funcionários e outros 150 de forma indireta.

O diretor-executivo da Casa dos Ventos, Lucas Araripe, destaca os efeitos multiplicadores do investimento em energias renováveis na economia local, transformando socialmente as regiões em que atua. O presidente da ArcelorMittal Brasil, Jefferson De Paula, enfatiza a importância do Complexo Eólico Babilônia Centro no alcance das metas ambientais da empresa, alinhando-se ao compromisso de ser carbono neutro até 2050.

O avanço deste projeto é crucial não apenas para as operações da ArcelorMittal, mas também para o setor de energias renováveis no Brasil. Com uma rede de média tensão que conectará os aerogeradores ao Sistema Interligado Nacional, o Babilônia Centro não só oferecerá energia limpa, evitando a emissão anual de aproximadamente 950 mil toneladas de CO2, mas também se tornará um marco importante na transição do país para uma economia de baixo carbono e um futuro sustentável. O BNDES, reconhecido como o maior financiador de energias renováveis do mundo, desempenha um papel fundamental nesse processo, consolidando o Brasil como um protagonista relevante na expansão global de fontes renováveis.


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