Federação Única dos Petroleiros exige investigação interna da Petrobrás sobre venda lesiva da Rlam

Vista aérea da Refinaria Landulpho Alves Mataripe (RLAM)
FUP envia ofício ao presidente da Petrobrás cobrando investigação sobre irregularidades na venda da Refinaria Landulpho Alves (Rlam) para o fundo árabe Mubadala. Controladoria Geral da União aponta venda abaixo do mercado.

Nesta sexta-feira (05/01/2024), a Federação Única dos Petroleiros (FUP) tomou uma posição contundente ao encaminhar um ofício ao presidente da Petrobrás, Jean Paul Prates, com três exigências cruciais. A principal delas é a imediata instauração de uma investigação interna para apurar irregularidades, conflitos de interesse e a adequação dos parâmetros utilizados na venda da Refinaria Landulpho Alves (Rlam), situada na Bahia, para o fundo árabe Mubadala, transação ocorrida em novembro de 2021.

A FUP, respaldada pelo posicionamento da Controladoria Geral da União (CGU), divulgado na quinta-feira (04/01/2024), reforça sua demanda pela participação de um representante sindical na comissão de investigação, assegurando assim o direito de informação e participação dos trabalhadores. Além disso, a federação exige o afastamento preventivo dos gerentes envolvidos na venda da RLAM, visando preservar a integridade dos dados, informações e do próprio processo de investigação.

O relatório da CGU, que sustenta as alegações da FUP, destaca que a Rlam foi vendida por um preço inferior ao mercado, evidenciando fragilidades no processo de venda e sugerindo que a Petrobrás poderia ter esperado a recuperação do preço do petróleo no mercado internacional. Diante desses indícios, a Advocacia Garcez, representante jurídica da FUP, prepara uma ação judicial para responsabilizar os envolvidos na venda, buscar ressarcimento dos prejuízos e, potencialmente, reverter a propriedade da Rlam para a Petrobrás.

O coordenador-geral da FUP, Deyvid Bacelar, destaca que a venda da Rlam durante a pandemia, em um cenário de baixa nos preços do petróleo, artificialmente desvalorizou a refinaria, conforme apontado pela CGU. A FUP alertou sobre a questão em 2021, recorrendo ao Tribunal de Contas da União (TCU) e ao Poder Judiciário. O relatório da CGU, embora não surpreendente para a FUP, representa um passo crucial na busca pela responsabilização e correção das irregularidades na venda da Rlam.


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