Os recentes anúncios dos exercícios militares da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) na Europa, conhecidos como Steadfast Defender-2024, com a participação estimada de cerca de 90.000 soldados, foram denunciados pelo vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Aleksandr Grushko, como um “retorno final e irrevogável” aos esquemas da Guerra Fria. Grushko alega que tais manobras são parte de uma guerra híbrida desencadeada pelo Ocidente contra a Rússia, destacando a dimensão desses exercícios como um sinal claro dessa mudança de paradigma.
O vice-ministro ressalta que a realização de exercícios desse porte, envolvendo 31 países, marca um retorno aos tempos em que o planejamento militar, recursos e infraestrutura eram direcionados para o confronto com a Rússia. Ele enfatiza que os exercícios visam elaborar cenários de confronto em diferentes ambientes operacionais e teatros de operações na zona de contato. Grushko critica a atmosfera de “psicose militar” gerada por declarações irresponsáveis de autoridades alemãs, suecas e da OTAN, buscando demonizar a Rússia e justificar aumentos nos gastos militares.
O vice-ministro conclui, apontando que o objetivo final é forçar os europeus a participar da corrida armamentista, beneficiando o complexo militar-industrial dos EUA, e destaca a política fracassada de apoio ao regime de Kiev como parte dessa estratégia.
*Com informações da Sputnik News.
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