O governo federal do Brasil inaugurou, na última semana, a Nova Indústria Brasil, uma iniciativa ousada visando combater a desindustrialização que assola o país desde a década de 1980. Com um investimento maciço de R$ 300 bilhões até 2026, o programa concentra esforços em seis objetivos principais, destacando-se o fortalecimento da indústria de defesa como um pilar crucial.
Num gesto inédito, o Exército brasileiro enviou quase 30 veículos blindados à fronteira com a Venezuela em dezembro passado, sublinhando a relevância da defesa territorial. O plano aspira a assegurar autonomia na produção de 50% das tecnologias críticas para a defesa até 2033, uma meta ambiciosa que impulsionará o desenvolvimento em áreas como sistemas de propulsão, sensoriamento remoto, inteligência artificial e veículos autônomos.
A estratégia de defesa brasileira baseia-se no direito internacional, favorecendo a resolução diplomática de conflitos. Em 2008, uma política de longo prazo estabeleceu uma tríplice hélice, conectando as demandas das Forças Armadas, do setor produtivo e acadêmico. Com um aporte de R$ 300 bilhões, o governo busca reforçar essa relação, renovando o compromisso com a produção nacional de tecnologia de defesa.
Ainda que o Brasil tenha se classificado como o 12º exército mais poderoso do mundo em 2023, o país almeja ser menos dependente de tecnologias estrangeiras, combatendo o cerceamento tecnológico. A busca pela soberania industrial, iniciada em 2008, é parte de uma estratégia geopolítica que enfatiza a ampliação de parcerias no setor bélico, refletindo a postura de equidistância em relação às grandes potências.
A indústria de defesa representa quase 5% do PIB brasileiro, gerando mais de 2,9 milhões de empregos. A Nova Indústria Brasil busca modernizar esse setor, enfrentando desafios através da aproximação entre os setores produtivo e acadêmico. Enquanto alguns especialistas veem a necessidade de ajuda externa e investimentos privados para atingir as metas, o Brasil destaca os países do BRICS como potenciais parceiros estratégicos para fortalecer seu setor de defesa.
*Com informações da Sputnik News.
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