O cenário petrolífero brasileiro pode estar prestes a presenciar uma significativa transformação com a possível fusão entre as petroleiras independentes PetroReconcavo e 3R Petroleum. Caso se concretize, a união dessas forças resultará na terceira maior operadora de petróleo do país, com uma produção diária de mais de 80 mil barris de óleo equivalente (boed), ficando apenas atrás da Petrobras e da Prio em operação própria.
Os rumores acerca dessa potencial fusão têm ganhado força nas últimas semanas, refletindo-se no mercado financeiro com um aumento de 10% nas ações da 3R e 7,8% nas ações da PetroReconcavo em apenas um mês até a última quarta-feira. Nos bastidores, a redução de gastos operacionais e infraestrutura, juntamente com um balanço mais equilibrado e espaço para novas consolidações, são os motivos que impulsionam ambas as partes nessa direção.
A proposta, originada pela Maha Energy em uma carta recebida pela 3R em 18 de janeiro, sugere uma fusão de iguais entre a operação em terra (onshore) da 3R e a PetroReconcavo. Contudo, há desafios a serem superados, incluindo a dívida associada à operação onshore da 3R, que se soma ao baixo endividamento da PetroReconcavo. A alavancagem resultante seria de 1,4 vez o Ebitda composto, estimado em US$ 1,1 bilhão para a nova empresa em 2024.
Segundo a proposta, a PetroReconcavo lideraria a nova petroleira onshore, mas com um conselho misto. No entanto, impasses relacionados ao preço das duas empresas e divergências na visão de negócio precisam ser superados para que a fusão seja efetivada. Analistas destacam as sinergias comerciais, operacionais e de infraestrutura entre as operações, enquanto a PetroReconcavo busca as instalações da 3R para escoar petróleo e processar gás.
A 3R, representada pelo Itaú, avalia a proposta de fusão, enquanto a PetroReconcavo, ainda em movimentação, aguarda a formalização por parte da 3R. Os maiores acionistas da 3R, incluindo Gerval Investimentos e BTG Pactual, parecem alinhados à ideia da fusão. Resta aguardar o desenrolar das negociações e as possíveis repercussões no setor petrolífero nacional.
*Com informações do Jornal Estado de São Paulo (Estadão).
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