A visita do conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, Jake Sullivan, à Ucrânia na quarta-feira (20/03/2024), trouxe à tona as preocupações sobre o financiamento crucial à nação ucraniana. Enquanto Sullivan expressou confiança na aprovação pelo Congresso dos EUA dos cerca de US$ 61 bilhões em ajuda à Ucrânia, a União Europeia (UE) enfrenta o desafio de encontrar alternativas para garantir apoio financeiro ao país do leste europeu.
Josep Borrell, chefe da política externa da UE, sugeriu um plano para enviar os juros acumulados sobre ativos russos congelados para a Ucrânia, visando fornecer ao país cerca de € 3 bilhões anualmente. No entanto, especialistas alertam que essa quantia está muito aquém do apoio financeiro fornecido pelos EUA desde o início da crise. Mark Sleboda, especialista em segurança e relações internacionais, enfatizou que a UE enfrenta uma escolha difícil: ou utilizar os ativos congelados da Rússia, arriscando a estabilidade econômica e a reputação da UE, ou enfrentar um “dreno severo” em seus orçamentos e economias nacionais.
Sleboda ressaltou que o recente pacote de ajuda de € 50 bilhões aprovado pela UE está distribuído ao longo de quatro anos, o que levanta preocupações sobre a capacidade da UE de fornecer apoio financeiro sustentável à Ucrânia. Além disso, o plano proposto por Borrell de usar os juros sobre os ativos congelados da Rússia enfrenta questionamentos sobre sua legalidade e adequação às normas internacionais.
O especialista argumentou que a Rússia mantém uma vantagem significativa no conflito, com um complexo militar-industrial robusto e capacidade de produção equiparável à OTAN. Enquanto isso, a Ucrânia enfrenta desafios substanciais em termos de perdas humanas e econômicas, dependendo fortemente do apoio financeiro dos países membros da OTAN.
*Com informações da Sputnik News.
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