A facção Bonde do Maluco (BDM), originada em 2015 no Complexo Penitenciário da Mata Escura, em Salvador, Bahia, uniu forças ao Primeiro Comando da Capital (PCC) para estabelecer uma rota alternativa no tráfico internacional de drogas. O Porto de Salvador tornou-se o epicentro dessa cooperação, evidenciada pelo aumento significativo no fluxo de cocaína, passando de 810 quilos em 2016 para 8 toneladas em 2020, segundo estimativas da Polícia Federal, revela reportagem do Jornal O Estado de São Paulo (Estadão).
A aliança não se restringe ao tráfico de drogas, abrangendo também o transporte de armas e a migração de membros entre estados brasileiros. Em 2018, essa colaboração foi evidenciada quando traficantes do BDM refugiaram-se em São Paulo para evitar ação policial. Além das atividades criminosas, o BDM é reconhecido por sua capacidade de aglutinação de pequenas facções, empregando táticas de terror para impor sua supremacia, inclusive nas redes sociais.
A aliança entre BDM e PCC representa uma nova fase no cenário do crime organizado, facilitando não apenas o comércio de drogas e armas entre Salvador e São Paulo, mas também a migração de criminosos. Esses laços estreitados resultaram na criação de um grupo de mensagens chamado “Aliança entre BDM e PCC”, coordenando atividades ilícitas. A Secretaria de Segurança Pública da Bahia afirma priorizar ações de combate a facções, mobilizando a Força Integrada de Combate ao Crime Organizado e investindo em recursos humanos, tecnológicos e estratégicos.
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