Presidente da Finlândia elogia dissuasão nuclear dos EUA após adesão à OTAN

Alexander Stubb, novo presidente da Finlândia, discursa durante sua cerimônia de posse, prometendo uma "nova era" de parceria militar com o Ocidente.
Alexander Stubb, novo presidente da Finlândia, discursa durante sua cerimônia de posse, prometendo uma "nova era" de parceria militar com o Ocidente.

Após a adesão da Finlândia à Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), Alexander Stubb assumiu a presidência com promessas de estreitar os laços com Washington e o Ocidente. Na cerimônia de posse na sexta-feira (01/03/2024), Stubb enalteceu o status de dissuasão nuclear que a filiação à OTAN proporciona à Finlândia, destacando a presença de mísseis norte-americanos como um elemento-chave desse conceito. O novo líder, indicado pelo Partido da Coalizão Nacional, derrotou seu adversário Pekka Haavisto, em uma eleição disputada, assumindo o cargo oficialmente de Sauli Niinisto, que presidiu a adesão do país à OTAN no ano passado.

Stubb, que já ocupou o cargo de primeiro-ministro e ministro das Relações Exteriores, ressaltou durante sua campanha eleitoral que estava aberto à possibilidade de permitir o transporte, mas não o armazenamento, de armas nucleares norte-americanas em território finlandês, chamando essas armas de “uma garantia de paz”. Após sua posse, ele reiterou seu entusiasmo pela OTAN e pelas armas nucleares, enfatizando que a Finlândia agora desfruta de uma dissuasão nuclear completa graças à sua associação à aliança.

A adesão da Finlândia à OTAN gerou tensões com a Rússia, país com o qual compartilha uma extensa fronteira. Moscou argumentou que essa medida ameaçou, em vez de garantir, a segurança finlandesa. A retórica hostil foi acompanhada por ações, como a criação de um novo distrito militar russo na fronteira com a Finlândia. Vladimir Putin, presidente russo, destacou que não havia problemas antes da adesão finlandesa à OTAN, mas alertou que haveria agora. Apesar das tensões, Stubb defende que a filiação à OTAN representa o alinhamento final da Finlândia com os valores ocidentais.

Embora o cargo de presidente da Finlândia seja em grande parte cerimonial, o ocupante desempenha um papel na formulação da política externa e é o comandante-em-chefe das Forças Armadas do país. A adesão à OTAN e o apoio a armas nucleares norte-americanas refletem a posição de Stubb de fortalecer os laços com o Ocidente em meio a um cenário geopolítico tenso.

*Com informações da Sputnik News.


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