Nesta terça-feira (26/03/2024), o Tribunal Superior de Londres concedeu ao ativista Julian Assange o direito de recorrer contra sua extradição para os Estados Unidos. A decisão vem após o governo britânico concordar, em 2022, em entregá-lo à Justiça americana. Os juízes Victoria Sharp e Jeremy Johnson concederam às autoridades americanas três semanas para fornecer “garantias satisfatórias” de que Assange poderá invocar a Primeira Emenda da Constituição dos EUA e que não será condenado à morte.
Caso tais garantias não sejam fornecidas dentro do prazo estabelecido, Assange terá o direito de recorrer da decisão de extradição, com uma nova audiência marcada para 20 de maio. Este caso emblemático tem sido símbolo das ameaças à liberdade de imprensa, e os partidários do jornalista alertam que, caso sejam derrotados, recorrerão à Corte Europeia de Direitos Humanos na esperança de suspender a extradição.
Julian Assange, conhecido por fundar o WikiLeaks, enfrenta acusações nos Estados Unidos relacionadas à publicação de mais de 700 mil documentos confidenciais, incluindo um vídeo que mostra civis mortos por um helicóptero de combate americano no Iraque. Ele foi preso pela polícia britânica em 2019, após passar sete anos na embaixada equatoriana em Londres para evitar extradição para a Suécia em um caso de estupro.
Nos últimos meses, preocupações sobre a saúde de Assange têm aumentado, com sua defesa argumentando o risco de suicídio se ele for extraditado. Sua esposa, Stella Assange, descreveu a decisão desta terça-feira como “incrível” e destacou que seu marido é um “prisioneiro político” perseguido por revelar o verdadeiro custo da guerra. Enquanto várias vozes pedem ao presidente dos EUA, Joe Biden, que retire as acusações contra Assange, a Anistia Internacional e Repórteres sem Fronteiras enfatizam a necessidade de garantias adequadas antes de qualquer extradição.
*Com informações da RFI.
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