O mercado de trabalho brasileiro abriga atualmente 545.940 mil pessoas com alguma forma de deficiência, revelou uma pesquisa realizada pela Secretaria de Inspeção do Trabalho (SIT) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), com base em dados do eSocial. Dentre esse contingente, uma parcela significativa apresenta doenças oftalmológicas, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que estima em cerca de 6,5 milhões o número de brasileiros com deficiência visual.
A oftalmologista Fabíola Gavioli Marazato, do CBV-Hospital de Olhos (Brasília), ressalta que, apesar dos desafios, a cegueira não deve ser um obstáculo para as pessoas que desejam ingressar ou permanecer no mercado de trabalho. Segundo ela, a baixa visão ou a visão subnormal, que permite a realização de algumas atividades, é uma realidade para muitos indivíduos com deficiência visual.
“Existem diversas condições oftalmológicas que podem levar à cegueira, mas muitas delas são passíveis de tratamento ou reversão, como a catarata e o glaucoma”, esclarece a especialista.
O primeiro relatório mundial sobre visão, divulgado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 2019, alerta que cerca de 1 bilhão de pessoas poderiam ter evitado ou poderiam evitar a deficiência visual com tratamentos adequados. Fabíola Gavioli Marazato enfatiza a importância da prevenção e do acompanhamento oftalmológico regular para evitar a cegueira.
No contexto do Abril Marrom, dedicado à conscientização sobre a cegueira, Edson Charles, um servidor público de 56 anos, compartilhou sua experiência ao descobrir a catarata em exames de rotina. Ele ressalta a importância do diagnóstico precoce e do tratamento para preservar a visão e a qualidade de vida.
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