Educação inclusiva: Estudantes surdos da Rede Municipal de Feira de Santana aprendem Libras e contam com intérpretes

Estudantes surdos recebem apoio de intérpretes de Libras para garantir acessibilidade na educação municipal.
Estudantes surdos recebem apoio de intérpretes de Libras para garantir acessibilidade na educação municipal.

O que as nossas mãos podem falar? Para a estudante Elisa Costa, de 8 anos de idade, elas comunicam o mundo. Nascida com uma síndrome rara que afetou o ouvido interno, a aluna surda estabelece a sua comunicação com professores e colegas através da Língua Brasileira de Sinais (Libras), celebrada nesta quarta-feira (24/04/2024).

Ao todo, 34 estudantes surdos estão matriculados na educação municipal. Garantindo uma educação inclusiva e acolhedora, o Centro Municipal Integrado de Educação Inclusiva Colbert Martins da Silva oferece aulas de Libras através do Atendimento Educacional Especializado em surdez em Feira de Santana. Além disso, a rede municipal dispõe de 18 intérpretes que dão suporte aos estudantes na rotina escolar, quando identificada a necessidade.

Comunicativa e cheia de autonomia, a pequena Elisa, estudante do Centro Integrado de Educação Municipal Professor Joselito Falcão de Amorim (Centro), conta com a mediação de uma intérprete de Libras em sala de aula, que traduz tudo aquilo que é dito por professores, colegas, gestores e funcionários. Quem faz esse trabalho é a Cristiane Barbosa, intérprete na rede municipal há 15 anos.

“A presença do intérprete de Libras em sala garante acessibilidade linguística aos estudantes surdos em todo o espaço escolar, desde a recepção, sala de aula, até as atividades extraclasse (passeios, visitas e encontros educacionais)”, explica Cristiane.

Além do apoio a Elisa, a intérprete ainda consegue separar um tempinho para estimular a língua de sinais ao restante da turma. Para Gabriel Moura, 7 anos, todo dia é uma novidade. “Todo dia aprendo algo diferente, já sei alguns sinais como boa tarde, por exemplo”, disse.

Para a mãe da estudante, a presença de um intérprete de Libras em sala de aula faz toda a diferença. “Percebemos que a presença de uma intérprete nas atividades diárias tem ajudado na ampliação do vocabulário de Elisa, e vemos que, a cada dia, ela demonstra mais facilidade para se comunicar quando encontra outra pessoa surda ou alguém que saiba a língua de sinais. Estamos caminhando para melhorar”, conta Ingrydy Costa.

No Centro Municipal Integrado Colbert Martins da Silva, durante o Atendimento Educacional Especializado em surdez, os estudantes aprendem Libras como primeira língua (L1) e Língua Portuguesa, na modalidade escrita, como segunda (L2).

“Acompanhamos 29 alunos surdos. Durante as orientações são usados o alfabeto manual, numerais em Libras, vocabulários por cores, animais, objetos de casa, entre outros. Além disso, a convivência em grupo é estimulada através de encontros semanais para exercitarem a comunicação”, pontua a diretora do Centro, Isabella Carvalho.


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