O desembolso do crédito rural do Plano Safra 2023/24 alcançou o montante de R$ 347,2 bilhões durante um período de 10 meses, compreendido entre julho de 2023 e abril de 2024, conforme divulgado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Esse valor representa um incremento de 15% em relação ao mesmo período da safra anterior.
De acordo com Charles Dayler, engenheiro agrônomo, os recursos disponibilizados devem impactar positivamente toda a cadeia do agronegócio, abrangendo custeio, investimento, manutenção e distribuição. Os financiamentos destinados ao custeio totalizaram R$ 191 bilhões, enquanto os investimentos receberam R$ 83 bilhões. As operações voltadas para comercialização alcançaram R$ 45 bilhões, e as destinadas à industrialização atingiram R$ 27 bilhões.
“Esse recurso vai ajudar. Principalmente porque em relação ao ano passado, a gente teve problema de quebra de safra. Então vamos melhorar na produtividade, no escoamento. Isso tende a trazer Impacto positivo, não é no setor de agronegócio que tem um peso importantíssimo no PIB [Produto Interno Bruto]”, explica Dayler.
Durante os nove meses do ano agrícola, foram firmados 1.832.791 contratos, dos quais 1.375.988 foram no âmbito do Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar) e 164.271 no Pronamp (Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural).
Dayler ressalta que o valor de R$ 347,2 bilhões representa 80% do total planejado para a atual safra de todos os produtores, incluindo pequenos, médios e grandes, que é de R$ 435,8 bilhões. “Ou seja, já tem recurso aplicado no campo. Então em termos financeiros o trabalho está sendo bem feito. Temos expectativa de ganhos, ainda mais porque esse ano a gente tende a ter um efeito mais tênue do El Niño, do que no ano passado. Em termos de produtividade, os números devem ser melhores”, pontua.
João Crisóstomo, consultor de agronegócios da BMJ Consultores Associados, destaca os desafios impostos pelo El Niño nos últimos meses, provocando atrasos nas chuvas e, consequentemente, na semeadura e colheita. Ele salienta que, apesar das dificuldades, o ciclo virtuoso do agronegócio tem se mantido, com recordes sendo batidos a cada sete ou oito anos. Nesse contexto, alguns produtores rurais conseguiram se preparar para enfrentar essas adversidades climáticas, mas é fundamental o apoio do governo para auxiliar aqueles prejudicados.
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