Cenários e estratégias no 2º turno das Eleições antecipadas na França

O segundo turno das eleições antecipadas na França se aproxima com expectativas sobre as estratégias políticas dos principais blocos.
O segundo turno das eleições antecipadas na França se aproxima com expectativas sobre as estratégias políticas dos principais blocos.

No primeiro turno das eleições antecipadas para a Assembleia Nacional da França, o Reagrupamento Nacional (RN) de Marine Le Pen liderou com 33,4% dos votos, seguido pela Nova Frente Popular com 27,99% e pela aliança de centro-direita de Emmanuel Macron, Juntos, com 20,04%. Com a aproximação do segundo turno em 7 de julho, as atenções se voltam para os cenários possíveis e as estratégias políticas adotadas pelos partidos concorrentes.

Três grandes blocos políticos — o RN de direita, a coligação de Macron, e a Nova Frente Popular de esquerda — estão competindo por cadeiras na Assembleia Nacional. O sistema multipartidário francês prevê que, para obter a maioria absoluta de 289 assentos, um partido ou bloco deve conquistar mais de 50% dos votos. O RN, fortalecido pelo primeiro turno, busca alcançar entre 230 e 280 cadeiras, enquanto a coligação de Macron enfrenta a possibilidade de perder significativamente, prevendo conquistar apenas entre 70 e 100 assentos.

A estratégia de “frente republicana”, adotada historicamente por partidos de centro-direita e centro-esquerda, pode entrar em jogo, onde candidatos menos favorecidos poderão retirar suas candidaturas para consolidar o apoio em torno do concorrente mais bem posicionado para derrotar o RN. Esse movimento, destinado a evitar uma maioria do RN na Assembleia, reflete a intensidade e a complexidade das disputas políticas na França contemporânea, com implicações significativas para o futuro governo e as políticas a serem implementadas.

Os resultados do segundo turno não apenas determinarão a composição da Assembleia Nacional, mas também poderão influenciar o cenário político francês, incluindo a possibilidade de coabitação — um arranjo de compartilhamento de poder entre presidente e primeiro-ministro de diferentes afiliações partidárias. Macron, comprometido com seu mandato presidencial até 2027, enfrenta um teste decisivo enquanto o país aguarda o desfecho das eleições para definir os próximos passos na governança e na política interna francesa.

*Com informações da Sputnik News.


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