Kimberly Cheatle, diretora do Serviço Secreto dos Estados Unidos, renunciou ao seu cargo nesta terça-feira (23/07/2024), após enfrentar intensas pressões devido a uma falha de segurança ocorrida durante um comício em que o ex-presidente Donald Trump foi alvo de um atentado. No dia anterior, Cheatle havia admitido em depoimento aos deputados que a agência não conseguiu impedir que um homem armado atirasse em Trump de um telhado a 135 metros do palco onde o ex-presidente discursava, em 13 de julho.
O Serviço Secreto, responsável pela proteção dos presidentes e ex-presidentes dos EUA, enfrenta uma crise após o atentado, que resultou em um ferimento de raspão em Trump, a morte de um ex-chefe dos bombeiros presente na plateia e ferimentos em outros dois participantes. Cheatle, que dirigia a agência desde agosto de 2022, passou a enfrentar críticas crescentes e pedidos de demissão após o incidente, inclusive por parte de membros do Congresso e da oposição.
Em um e-mail à sua equipe, Cheatle assumiu “total responsabilidade pelo lapso de segurança” e anunciou sua decisão de deixar o cargo. Na segunda-feira (22), ela testemunhou perante o Comitê de Supervisão da Câmara dos Deputados, descrevendo o atentado como a falha operacional mais significativa do Serviço Secreto em décadas. Apesar disso, Cheatle defendeu sua competência para liderar a agência.
As principais críticas se concentraram na falta de proteção no telhado de um prédio industrial onde o atirador estava posicionado. Cheatle reconheceu que o Serviço Secreto havia sido informado sobre a presença de uma pessoa suspeita antes do tiroteio e que o telhado tinha sido identificado como uma vulnerabilidade potencial. Contudo, ela não conseguiu esclarecer muitos aspectos sobre o planejamento de segurança e a resposta ao comportamento suspeito do atirador.
Deputados de diferentes partidos prometem continuar a investigação sobre as falhas de segurança, com apoio de um inspetor geral e um esforço bipartidário solicitado pelo presidente Joe Biden, que se retirou da corrida presidencial. James Comer, presidente republicano do Comitê de Supervisão da Câmara, afirmou que a renúncia de Cheatle é um passo em direção à responsabilização, mas destacou a necessidade de uma revisão completa das falhas de segurança para evitar futuras ocorrências.
O Serviço Secreto está sendo investigado por vários comitês do Congresso e pelo órgão de fiscalização interna do Departamento de Segurança Interna dos EUA. Cheatle, que foi nomeada para o cargo em 2022 por Biden, havia servido anteriormente na agência por 27 anos e ocupava uma posição de segurança na PepsiCo antes da nomeação.
*Com informações da DW.
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