Em uma Assembleia Extraordinária Geral Conjunta realizada na sexta-feira (19/07/2024), os servidores das Polícias Civil e Técnica da Bahia decidiram pela suspensão imediata das operações policiais. Investigadores, escrivães, peritos técnicos, criminais, odonto-legais, médicos legistas e delegados participaram do evento promovido por entidades da segurança pública baiana. A decisão abrange a capital Salvador, a Região Metropolitana e o interior do estado, com efeito até 12 de agosto, data marcada para uma nova assembleia.
Conforme divulgado no site sindicato da categoria, a motivação para a suspensão das operações é a insatisfação com a morosidade do Governo do Estado na negociação para reestruturação salarial. Os servidores afirmam que estão há dez anos sem reajuste, recebendo o 26º pior salário do país. O presidente do Sindicato dos Policiais Civis da Bahia (Sindpoc), Eustácio Lopes, destacou o papel crucial dos policiais civis no combate à criminalidade, incluindo a prisão de líderes de facções criminosas. Lopes ressaltou que a remuneração atual não condiz com a importância e os riscos da função exercida diariamente pelos policiais.
Jorge Figueiredo, presidente do Sindicato dos Delegados de Polícia (Adpeb), mencionou a união de todas as carreiras da Polícia Civil e Técnica em prol da valorização salarial e da diminuição das disparidades históricas. Figueiredo criticou a discrepância entre a aquisição de novos equipamentos pelo governo e os baixos salários dos servidores, exemplificando com o caso de um escrivão que recebe R$ 1.300,00 líquidos mensais. O sindicalista questionou como o Estado espera motivar seus servidores a combater o crime organizado com tal remuneração.
A assembleia foi promovida pelo movimento “Unidos pela Valorização dos Policiais Civis”, representado por várias entidades sindicais, incluindo o Sindpoc, Adpeb, Sindicato dos Peritos em Papiloscopia (Sindpep), Sindicato dos Escrivães (Aepeb-Sindicato), Associação dos Investigadores (Assipoc), Sindicato dos Peritos Médicos e Odonto-legais (Sindmoba) e o Sindicato dos Peritos Criminais (Asbac).
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