Presidente Lula afirma que reconhecerá o resultado das eleições na Venezuela

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva declarou que aceitará o resultado das eleições venezuelanas, apesar das controvérsias, e reforçou a importância da publicação das atas eleitorais para resolver o impasse no país.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva declarou que aceitará o resultado das eleições venezuelanas, apesar das controvérsias, e reforçou a importância da publicação das atas eleitorais para resolver o impasse no país.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou, em entrevista concedida nesta terça-feira (30/07/2024) à TV Centro América, que reconhecerá o resultado das eleições presidenciais realizadas na Venezuela no último domingo (28). Segundo o líder brasileiro, é essencial que as autoridades eleitorais venezuelanas divulguem as atas do pleito para garantir a transparência do processo e resolver os conflitos entre governo e oposição no país vizinho.

“Lógico que eu vou reconhecer, a hora que for consagrada a vitória”, afirmou Lula. O

presidente destacou a importância de se seguir o devido processo legal, permitindo que a oposição questione os resultados, se necessário.

“É normal que tenha uma briga. Como é que vai resolver essa briga? Apresenta a ata. Se a ata tiver dúvida entre a oposição e a situação, a oposição entra com recurso e vai esperar a Justiça tomar o processo. E aí vai ter uma decisão que a gente tem que acatar”, disse ele.

O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela, até o momento, não publicou as atas que comprovem o resultado anunciado, o qual indicou uma vitória do atual presidente Nicolás Maduro com 51,21% dos votos, enquanto o principal candidato da oposição, Edmundo González, obteve 44% dos votos. A ausência de transparência no processo eleitoral levantou suspeitas entre membros da oposição, países estrangeiros e organizações internacionais, como a Organização dos Estados Americanos (OEA), que questionam a legitimidade do pleito e pedem a publicação imediata das atas para que os votos possam ser auditados.

A controvérsia em torno das eleições na Venezuela ocorre em um contexto de polarização crescente, com o governo de Nicolás Maduro acusando setores da oposição e países estrangeiros de incitarem um golpe de Estado. Por outro lado, a oposição e diversos observadores internacionais alegam que o processo eleitoral foi marcado por irregularidades, apontando a falta de transparência como um dos principais problemas. A declaração de Lula, portanto, sinaliza um apoio ao princípio de respeitar os resultados das urnas, ao mesmo tempo em que se alinha ao pedido por maior clareza e verificação dos dados eleitorais.

Lula e Biden defendem transparência na divulgação das atas eleitorais da Venezuela

Nesta terça-feira (30), o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, discutiu a situação política na Venezuela com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden. Durante a conversa, Lula reiterou a importância da publicação das atas eleitorais referentes às eleições presidenciais venezuelanas, realizadas no último domingo (29). A eleição resultou na reeleição do presidente Nicolás Maduro, com 51,21% dos votos, segundo os dados divulgados pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela, enquanto o principal candidato da oposição, Edmundo González Urrutia, obteve 44% dos votos.

De acordo com o Palácio do Planalto, Lula expressou a necessidade de que as autoridades eleitorais venezuelanas tornem públicas as atas do pleito, a fim de assegurar a transparência e a legitimidade do processo. Biden, por sua vez, concordou com a importância dessa medida, ressaltando que a divulgação dos documentos é essencial para que se possa avaliar a lisura das eleições.

O presidente brasileiro informou que tem acompanhado de perto o processo eleitoral na Venezuela por meio de seu assessor especial, Celso Amorim, que foi enviado a Caracas na semana passada. Amorim se reuniu tanto com Nicolás Maduro quanto com Edmundo González, reforçando a posição do Brasil de apoiar a normalização do processo político no país, que é visto como crucial para a estabilidade da região. A reunião também contou com a presença do ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira.

*Com informações da Agência Brasil.


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