Simon Stiell, Secretário Executivo da ONU Mudanças Climáticas (UNFCCC), compartilhou um relato comovente da destruição causada pelo furacão Beryl em sua ilha natal, Carriacou, em Granada. Em um vídeo gravado na sala de estar da casa de sua vizinha, Stiell descreveu a destruição completa da casa de sua avó e revelou que 98% das casas e edifícios na ilha foram destruídos ou severamente danificados.
Stiell destacou a resiliência dos habitantes de Carriacou e de comunidades ao redor do mundo, sublinhando que, para muitos, a segurança da família e a sobrevivência são mais importantes do que os bens materiais. Ele enfatizou a frequência crescente e a intensidade das tempestades, inundações, incêndios e secas em todo o mundo, agravadas pela crise climática.
O impacto econômico dessas catástrofes é significativo, com governos contraindo dívidas para reconstruir apenas para enfrentar novos desastres. Stiell citou um relatório recente que estima o custo da inação climática em $38 trilhões de dólares por ano até 2050, enquanto a ação climática custaria menos de um sexto desse valor.
O Secretário Executivo apelou para uma ação climática global urgente, especialmente dos países do G20, que são responsáveis por 80% da poluição por gases de efeito estufa. Ele instou esses países a desenvolverem novos planos climáticos nacionais que cumpram a promessa de transição para longe dos combustíveis fósseis. Stiell também ressaltou a necessidade de planos de adaptação mais robustos para proteger comunidades, economias e cadeias de suprimentos.
A ação climática, segundo Stiell, deve ser vista como um investimento que proporciona retornos econômicos e melhora a resiliência das comunidades. Ele destacou a importância do financiamento climático e da construção de resiliência, especialmente para as populações mais vulneráveis.
Stiell finalizou seu relato com um apelo global para ações climáticas mais ousadas, enfatizando que a devastação causada pelo furacão Beryl não deve se tornar a norma. Ele chamou todos a se unirem na luta contra a crise climática, afirmando que a única forma de superar essa situação é através da ação coletiva.
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