O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), nesta terça-feira (27/08/2024) manifestou-se de forma crítica em relação ao prefeito de Feira de Santana, Colbert Martins (MDB), pela ausência de um decreto de emergência e calamidade pública, medida que poderia auxiliar a população rural da região, especialmente os agricultores, que enfrentam severas perdas em suas colheitas. Segundo Rodrigues, essa ausência de ação por parte do prefeito tem dificultado o acesso da comunidade aos recursos necessários para mitigar os impactos da estiagem, que comprometeu, principalmente, as plantações de milho e feijão.
Durante um pronunciamento recente, o governador questionou a falta de iniciativa da gestão municipal.
“O prefeito de Feira decretou o estado de emergência e calamidade? Não. Eu não sei por que essa dificuldade para a comunidade receber o Garantia-Safra”, afirmou Jerônimo Rodrigues.
O programa Garantia-Safra é um benefício que ampara agricultores familiares que enfrentam perda de produção em virtude de fenômenos climáticos adversos, como a seca prolongada, comum na região.
Rodrigues destacou que o decreto de emergência é fundamental para que os municípios tenham acesso aos recursos federais e estaduais destinados ao socorro das áreas atingidas, além de possibilitar o apoio municipal em situações de vulnerabilidade.
“O prefeito precisa decretar para receber as ajudas e dar um sinal de solidariedade às pessoas em dificuldade. Não sei por que ele está fazendo isso, mas ele não pode castigar o povo”, enfatizou o governador.
A perda de safra em Feira de Santana é um reflexo das condições climáticas desfavoráveis que têm afetado várias regiões do estado da Bahia. Sem o decreto de emergência, a liberação de recursos financeiros e logísticos para a recuperação dos agricultores fica comprometida, agravando a crise no campo. O governo estadual já articula parcerias com o governo federal para garantir que as famílias afetadas não fiquem desassistidas, mas a necessidade de ação local é imprescindível para efetivar essas medidas.
A ausência de uma resposta oficial por parte da prefeitura de Feira de Santana até o momento tem gerado apreensão entre os agricultores, que veem o tempo como fator crucial para garantir sua sobrevivência financeira. A questão, segundo especialistas, vai além da burocracia e tem impactos diretos na economia regional, uma vez que a agricultura familiar é um dos pilares econômicos de Feira de Santana e áreas circunvizinhas.
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