Prefeitura de Feira de Santana acumula dívida superior a R$ 850 mil com Policlínica Regional, diz coordenador dos Consórcios Estaduais de Saúde da Bahia 

Unidade regional de saúde acumula dívidas da prefeitura de Feira de Santana, afetando o funcionamento e pressionando outros municípios consorciados.
A gestão municipal do prefeito Colbert Martins, em Feira de Santana, enfrenta graves problemas financeiros, acumulando uma dívida significativa com o Consórcio Público Interfederativo de Saúde. Em 2024, o valor da inadimplência ultrapassa R$ 850 mil, impactando diretamente os serviços de saúde prestados pela Policlínica Regional, diz Marcos Pereira, coordenador dos Consórcios Estaduais de Saúde da Bahia. 

A Prefeitura de Feira de Santana, sob a gestão de Colbert Martins, enfrenta uma crescente inadimplência com o Consórcio Público Interfederativo de Saúde, responsável pela administração da Policlínica Regional de Saúde no município. Em 2024, a situação financeira tornou-se alarmante: a prefeitura acumula uma dívida de mais de R$ 850 mil com o consórcio, sem efetuar nenhum pagamento durante o ano de 2024, até a presente data, 27 de agosto. Feira de Santana é o único dos 29 municípios consorciados que não cumpre suas obrigações financeiras, o que resulta em uma pressão adicional sobre as outras cidades, que precisam cobrir os custos operacionais da unidade.

Segundo Marcos Pereira, coordenador dos Consórcios Estaduais de Saúde, a inadimplência da Gestão do prefeito Colbert Martins impõe uma carga financeira excessiva sobre os municípios vizinhos, que, apesar de também enfrentarem dificuldades, honram seus compromissos. Os custos operacionais da policlínica incluem o pagamento de salários de médicos, enfermeiros e técnicos, além da manutenção de equipamentos médicos essenciais. Enquanto o Governo do Estado arca com 50% dos custos da unidade, os municípios dividem o restante proporcionalmente ao tamanho de suas populações.

A relevância da Policlínica para a região

Apesar da inadimplência da Prefeitura de Feira de Santana, a Policlínica Regional de Saúde continua a atender a população do município sem restrições. A unidade já realizou mais de 445 mil atendimentos entre consultas e exames, evidenciando sua importância vital para a região. Entretanto, o atraso nos repasses financeiros impacta diretamente a capacidade de manutenção e atualização dos equipamentos médicos.

Em 2023, a prefeitura enfrentou um cenário ainda mais grave, com uma dívida que ultrapassava R$ 1,6 milhão. Essa situação gerou consequências significativas para o funcionamento da unidade, incluindo atrasos na manutenção corretiva e preventiva de equipamentos essenciais. Um exemplo notável foi a substituição de um tubo de tomografia computadorizada, cujo custo superava R$ 500 mil. A falta de recursos atrasou a substituição do equipamento, comprometendo a continuidade dos serviços.

Reflexo de uma gestão descomprometida com a saúde pública

A repetição do atraso nos pagamentos por parte da Prefeitura de Feira de Santana reflete uma gestão que, segundo o médico e superintendente da rede estadual, Karlos Figueiredo, demonstra pouco compromisso com a saúde pública e o bem-estar da população. A inadimplência não é um problema isolado, mas faz parte de uma gestão que tem deixado lacunas significativas em setores essenciais, como o atendimento médico e a manutenção de equipamentos vitais para a saúde dos cidadãos.

A falta de articulação da prefeitura com o consórcio e com os demais municípios torna a situação ainda mais crítica. Enquanto as cidades vizinhas fazem esforços para manter os serviços funcionando, Feira de Santana se mantém à margem, sem contribuir financeiramente e sobrecarregando o sistema. Essa postura compromete a eficiência e a continuidade do atendimento de saúde, prejudicando tanto os profissionais quanto os pacientes que dependem do sistema público.


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