Trabalhadores da Bahiagás realizam paralisação em todo o estado da Bahia

Nesta quinta-feira (08/08/2024), trabalhadores da Bahiagás, empresa de economia mista administrada pelo Governo do Estado da Bahia, realizaram uma paralisação em todas as unidades da empresa no estado. O movimento, coordenado pelo Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Química, Petroquímica, Plástica e Farmacêutica da Bahia (Sindiquímica Bahia), é parte da Campanha Salarial deste ano, que, segundo os trabalhadores, não teve avanços desde o início das negociações em abril.

A Bahiagás, cuja maior parte do capital pertence ao Governo do Estado da Bahia, conta também com a Mitsui Gás e Energia do Brasil como acionista. A paralisação, segundo o Sindiquímica, afeta unidades em Salvador, Feira de Santana, Jequié, Itabuna, Mucuri, entre outras cidades.

Alfredo Santos Junior, diretor do Sindiquímica Bahia e da Central Única dos Trabalhadores (CUT Bahia), declarou que a principal reivindicação dos trabalhadores é por um reajuste salarial que represente um ganho real acima da inflação, algo que, segundo ele, a maioria das categorias no país já conquistou este ano. Santos destacou o papel fundamental dos trabalhadores na manutenção da Bahiagás como uma empresa pública, resistindo às tentativas de privatização, e enfatizou que essa luta justifica a demanda por melhores condições salariais.

Santos argumentou que a falta de avanço nas negociações implica em uma perda do poder de compra dos trabalhadores, o que afeta diretamente a qualidade de vida das famílias desses profissionais. Ele ressaltou a necessidade de a empresa, que completa 30 anos de existência, valorizar o crescimento dos seus trabalhadores em consonância com o desenvolvimento que a companhia experimentou ao longo de sua trajetória.

A paralisação desta quinta-feira foi uma forma de pressão para que a direção da Bahiagás apresente novas propostas que atendam às reivindicações dos trabalhadores. A mobilização dos funcionários ocorre em um momento em que a empresa celebra seu aniversário de 30 anos, e, segundo o sindicato, essa celebração deveria incluir também um reconhecimento efetivo do trabalho e das demandas dos seus empregados.