Museu de Arte da Bahia inaugura exposição O Jardim de Luís Dias com reflexões sobre a urbanização de Salvador

Obra da exposição O Jardim de Luís Dias. A mostra propõe diálogos entre a história colonial e a paisagem urbana de Salvador. 
Obra da exposição O Jardim de Luís Dias. A mostra propõe diálogos entre a história colonial e a paisagem urbana de Salvador. 

O Museu de Arte da Bahia (MAB) abre ao público, nesta quinta-feira (26/09/20204), a exposição “O Jardim de Luís Dias”, assinada pelo artista plástico Paulo Coqueiro. A mostra explora as transformações urbanas de Salvador, destacando como a arquitetura da cidade reflete os impactos históricos, sociais e culturais ao longo dos séculos. A exposição, que estará em cartaz até 1º de dezembro de 2024, oferece uma reflexão sobre a convivência entre o passado e o presente urbano da capital baiana, integrando peças do acervo bibliográfico do museu.

A curadoria é de Isabel Gouvêa, que buscou criar uma narrativa visual que remete às influências coloniais portuguesas na estrutura da cidade. O texto crítico da exposição, escrito por Priscila Miraz, aprofunda essa abordagem, destacando as consequências dessas influências na segregação social e espacial. O artista Paulo Coqueiro utiliza suas obras para propor uma crítica visual à fragmentação da cidade e aos seus contrastes estruturais, trazendo à tona as desigualdades geradas pela urbanização ao longo da história de Salvador.

A figura central da exposição é Luís Dias, considerado o primeiro arquiteto brasileiro e um dos responsáveis por implementar os primeiros planos de urbanização da cidade no período colonial. Dias, conhecido por sua atuação como Mestre de Obras, trouxe ao Brasil conceitos de urbanismo aplicados a Salvador, moldando sua paisagem e organização espacial. A exposição lança um olhar crítico sobre a forma como essas ideias foram desenvolvidas e seus impactos na cidade moderna.

“O Jardim de Luís Dias” também aborda como a herança colonial se reflete na atual configuração urbana de Salvador, onde contrastes entre áreas planejadas e espaços ocupados de forma desordenada revelam questões de segregação social que persistem até hoje. O diálogo com o acervo bibliográfico do MAB proporciona uma visão mais profunda sobre a evolução da cidade, desde suas raízes coloniais até os desafios contemporâneos.

A exposição está aberta para visitação de terça a domingo, das 10h às 18h, até o dia 1º de dezembro de 2024. O MAB, localizado no Corredor da Vitória, se consolidou como um espaço de referência para a preservação e promoção da cultura baiana e suas diversas expressões artísticas, sempre buscando fomentar diálogos entre o passado histórico e as manifestações contemporâneas.


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