O Eterno Instante | Por Carlos Augusto

Carlos Augusto celebra o amor e a memória de seus pais. Um tributo que transcende o tempo em versos emocionantes.
Carlos Augusto celebra o amor e a memória de seus pais. Um tributo que transcende o tempo em versos emocionantes.

A poesia “O Eterno Instante”, de autoria de Carlos Augusto, é uma obra que celebra a memória e o amor eterno aos seus pais, José Augusto Dias da Silva (Jads) e Lucy Oliveira da Silva, em um tributo profundamente pessoal e tocante. Nela, o autor explora a relação entre o tempo e a eternidade, oferecendo uma reflexão sobre a natureza dos momentos vividos e a persistência do amor além das fronteiras temporais.

Com versos que evocam uma sensação de saudade e reverência, a poesia propõe a possibilidade de reviver instantes marcantes. O autor imagina um presente divino, uma dádiva que permitiria revisitar os momentos com seus entes queridos, capturando cada detalhe com uma intensidade renovada. Em sua visão, o tempo, que habitualmente separa, transforma-se em um elo que une, permitindo que o passado se faça presente de forma contínua e significativa.

Através da delicadeza das palavras, Carlos Augusto faz um convite para que o leitor também reflita sobre suas próprias memórias e relações afetivas. O poema destaca a importância de cada olhar, riso e gesto partilhado, e a forma como esses pequenos detalhes podem ressoar na eternidade. O amor que o tempo não consegue apagar é o tema central, evidenciado de maneira lírica e comovente.

No epílogo, Carlos Augusto dedica a obra a seus pais, imortalizando o carinho e o respeito por eles. As datas de nascimento e falecimento de ambos são mencionadas, reforçando o tom de homenagem e saudade que permeia a composição. O poema, finalizado em 11 de setembro de 2024, na cidade de Feira de Santana, marca o desejo de que o amor, assim como os momentos mais preciosos da vida, perdure infinitamente.

O Eterno Instante | Por Carlos Augusto

E se o tempo me desse a eternidade,
Um presente divino, infinito e sem fim,
Eu voltaria ao momento em que estavam aqui,
E viveria de novo, em doce saudade.

Reviveria cada instante, sem pressa ou alarde,
Cada riso, cada olhar, cada toque sutil,
Como um eterno ciclo, um sonho juvenil,
Um amor que o tempo jamais retarde.

E, no compasso sereno desse existir,
Onde o ontem se faz no agora presente,
Eu sentiria o mesmo pulsar, eternamente.

Um abraço do tempo, sem deixar partir.
Para viver e reviver, em eternidade,
Esse instante perfeito, para sempre, em mim.

Amor eterno, aos meus pais!

José Augusto Dias da Silva (Jads) (★1943 — †2018) e  Lucy Oliveira da Silva (★1947 — †2013)

Feira de Santana, 11 de setembro de 2024


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