A Polícia Federal prendeu, neste sábado (28/09/2024), a primeira-dama de João Pessoa, Maria Lauremília Assis de Lucena, sob suspeita de envolvimento em um esquema criminoso ligado ao aliciamento de eleitores. A ação ocorreu durante a terceira fase da Operação Território Livre, que visa combater a interferência de facções criminosas no processo eleitoral da capital paraibana. Além de Lauremília, sua secretária, Tereza Cristina Barbosa Albuquerque, também foi detida.
A prisão de Lauremília Lucena, esposa do prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena, acontece em um momento delicado, às vésperas da eleição municipal. A Operação Território Livre, que conta com o apoio do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), investiga a influência de facções criminosas, como a Nova Okaida, no processo eleitoral. As investigações apontam que acordos ilícitos entre a primeira-dama e líderes de facções garantiriam apoio nas eleições municipais, influenciando diretamente a votação em bairros como Alto do Mateus e São José.
A terceira fase da operação é fruto de evidências coletadas em etapas anteriores, nas quais outros envolvidos já haviam sido presos, incluindo a vereadora Raíssa Lacerda, acusada de liderar o esquema de aliciamento no Bairro São José. Nesta fase, além dos mandados de prisão contra Lauremília Lucena e Tereza Cristina Barbosa, foram realizadas buscas no apartamento da primeira-dama, localizado em Cabedelo, região metropolitana de João Pessoa.
Em nota publicada nas redes sociais, o prefeito Cícero Lucena classificou a operação como um ataque político orquestrado por seus adversários. “Lauremília é uma mulher de integridade. Trata-se de mais uma injustiça, assim como ocorreu comigo no passado”, declarou. Ele ressaltou que confia na inocência de sua esposa e que a verdade prevalecerá.
A defesa de Lauremília Lucena, por sua vez, afirmou que a prisão preventiva da primeira-dama foi recebida com surpresa e indignação. Segundo os advogados, a decisão judicial foi abusiva e ilegal, já que Lauremília não havia sido convocada para prestar esclarecimentos anteriormente. A equipe jurídica informou que medidas legais estão sendo tomadas junto ao Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba para garantir sua soltura.
A Operação Território Livre foi criada para assegurar a integridade do processo eleitoral, combatendo práticas que possam comprometer a lisura do pleito. A Polícia Federal não divulgou detalhes adicionais sobre as investigações, destacando que o sigilo é necessário para não prejudicar o andamento do caso.
Nas fases anteriores da operação, foram detidos outros nomes envolvidos no esquema. Além da vereadora Raíssa Lacerda, figuras como Pollyanna Monteiro Dantas dos Santos e Kaline Neres do Nascimento Rodrigues também foram presas por atuar em articulações com facções criminosas para garantir controle sobre o voto de eleitores em áreas periféricas da capital paraibana. Keny Rogeus Gomes da Silva, líder da facção Nova Okaida, também é apontado como uma peça-chave no esquema.
O caso segue em investigação, e novas fases da operação não estão descartadas. A Polícia Federal reafirmou seu compromisso em manter a integridade do processo eleitoral, coibindo qualquer prática ilegal que possa comprometer a transparência das eleições em João Pessoa.
*Com informações da Agência Brasil e G1.
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