O Conselho Nacional de Direitos Humanos (CNDH) apresentou uma solicitação de R$ 2,5 milhões para financiar uma investigação sobre o crescimento de células nazistas no Brasil. A verba solicitada é baseada em um cálculo do órgão que prevê um projeto de dois anos, culminando na produção de um relatório final sobre o tema. Até o momento, o CNDH já realizou missões em Santa Catarina e no Rio de Janeiro para coletar dados preliminares.
O projeto prevê a realização de 15 missões em diversas regiões do país, com o objetivo de promover diálogos com órgãos públicos, autoridades locais e conduzir entrevistas com supostas vítimas. A investigação foi motivada por denúncias que apontam um cenário de crescimento das células neonazistas, especialmente em relação ao aumento do discurso de ódio direcionado a grupos como mulheres, população negra e comunidade LGBTQIAP+.
Além das missões in loco, a iniciativa contará com uma pesquisa em parceria com uma universidade federal. O objetivo é mapear o aumento das células neonazistas e do discurso de ódio em diversos estados brasileiros. Os resultados da pesquisa serão integrados ao relatório final, que será utilizado para embasar políticas públicas e ações de enfrentamento ao problema.
O órgão responsável pela solicitação, que está vinculado ao Ministério dos Direitos Humanos, possui autonomia para conduzir tais investigações. A articulação para a obtenção dos recursos envolve deputados federais, como Tarcísio Motta, do PSOL do Rio de Janeiro, que já confirmou a destinação de emendas parlamentares para o financiamento do projeto.
De acordo com a denúncia, há um crescimento alarmante de atividades relacionadas a células neonazistas no Brasil. Essas células têm promovido um aumento do discurso de ódio, resultando em ameaças e ataques a segmentos específicos da população. O cenário atual também tem sido acompanhado por organismos internacionais que monitoram a expansão de movimentos extremistas no país.
O CNDH considera que o financiamento solicitado é essencial para ampliar as investigações e garantir que os agentes envolvidos tenham condições de mapear o problema de forma eficaz. A previsão é de que o relatório final forneça uma visão abrangente sobre o crescimento desses grupos e as medidas necessárias para conter sua expansão.
*Com informações da Sputnik News.
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