Consórcio Nordeste cria comitê para monitorar emergências climáticas

Reservatório de Sobradinho enfrenta seca histórica devido à falta de chuvas na nascente do Rio São Francisco. O Comitê Científico de Monitoramento das Emergências Climáticas atuará para enfrentar eventos como esse na região.
Reservatório de Sobradinho enfrenta seca histórica devido à falta de chuvas na nascente do Rio São Francisco. O Comitê Científico de Monitoramento das Emergências Climáticas atuará para enfrentar eventos como esse na região.

O Consórcio Nordeste anunciou que, nesta quinta-feira (17/10/2024), será instalado o Comitê Científico de Monitoramento e Enfrentamento das Emergências Climáticas (CC-MEEC). A iniciativa busca aprimorar a capacidade de resposta dos nove estados da região nordestina às crescentes crises climáticas, além de promover políticas públicas voltadas à adaptação e mitigação dos efeitos do aquecimento global.

Formado por dois representantes de cada estado membro, o comitê terá como foco o assessoramento técnico especializado e a cooperação interestadual. A atuação conjunta permitirá uma abordagem integrada para enfrentar os desafios climáticos que impactam tanto o Nordeste quanto outras regiões do Brasil.

Em nota oficial, o Consórcio Nordeste destacou que a criação do comitê reflete a preocupação crescente dos governos estaduais com as frequentes emergências climáticas. A nota ressaltou ainda que a nova estrutura será orientada por uma abordagem científica, seguindo o exemplo de medidas tomadas durante a pandemia de COVID-19, onde a ciência foi peça-chave na coordenação de ações conjuntas.

O consórcio citou um estudo do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), que aponta que as diretrizes científicas aplicadas no Nordeste durante a pandemia poderiam ter evitado até 250 mil mortes, caso tivessem sido seguidas em todo o país. Esse dado reforça o papel da ciência na elaboração de políticas públicas eficazes.

A coordenação do comitê ficará a cargo de Olívia Maria Cordeiro de Oliveira, geóloga e professora titular da Universidade Federal da Bahia (UFBA). Sua experiência acadêmica e científica deve contribuir para o desenvolvimento de estratégias regionais voltadas à mitigação dos impactos climáticos.

A seca prolongada no Nordeste, com destaque para a grave situação do reservatório de Sobradinho, que vive a maior seca de sua história, é um dos desafios a serem enfrentados pelo comitê. A escassez de água na região, associada às mudanças climáticas, intensifica a vulnerabilidade das populações locais e exige um planejamento integrado que considere as particularidades de cada estado.


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