Os bancos multilaterais de desenvolvimento obtiveram a aprovação de um plano de reformas pelo G20, o grupo que reúne as 19 maiores economias do mundo, além da União Africana e União Europeia. O acordo, anunciado na quarta-feira (23/10/2024), visa fortalecer essas instituições financeiras para ampliar investimentos em projetos sustentáveis e impulsionar o desenvolvimento global, tendo como base três pilares principais: aumento da eficiência operacional, expansão da capacidade financeira e fortalecimento da coesão institucional.
A decisão é resultado de discussões iniciadas sob a presidência da Índia no G20, e a aprovação do roteiro foi conduzida pelo Brasil, que atualmente lidera o grupo. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, destacou a relevância do plano ao afirmar que ele representa um passo decisivo para adequar os bancos multilaterais às necessidades contemporâneas, em linha com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) das Nações Unidas. O ministro mencionou que os ajustes propostos têm o potencial de modernizar os processos das instituições, facilitando o acesso aos recursos e tornando-os mais eficazes em atender às demandas dos países.
O plano inclui medidas como a ampliação dos mecanismos de proteção cambial, para mitigar os efeitos da valorização do dólar sobre nações endividadas, e o incentivo ao uso de moedas locais nos financiamentos. Essa abordagem busca aumentar a resiliência das economias em desenvolvimento diante das oscilações do mercado financeiro global. O roteiro aprovado também propõe estimular a participação do setor privado no financiamento de projetos de desenvolvimento sustentável, elevando o volume de recursos alavancados para além dos atuais patamares dos desembolsos.
Outro aspecto destacado por Haddad foi a necessidade de os bancos reforçarem o apoio a plataformas de financiamento lideradas pelos próprios países, tornando os fluxos de projetos mais ágeis e fomentando a inovação. Segundo ele, isso possibilitaria uma resposta mais eficiente aos desafios globais, além de contribuir para o cumprimento dos compromissos climáticos e econômicos assumidos por essas nações. O ministro enfatizou a importância das consultas realizadas para a elaboração do plano, envolvendo especialistas, representantes da sociedade civil e os próprios bancos multilaterais.
Haddad, que continua em Washington para participar de reuniões com ministros de Finanças e presidentes de bancos centrais do G20, tem entre seus compromissos um evento da Força-Tarefa de Mobilização Global contra as Mudanças Climáticas (TF-Clima) e uma reunião com o Fundo Monetário Internacional (FMI). A agenda ocorre paralelamente ao encontro de outono do FMI e do Banco Mundial, onde serão discutidos cenários econômicos globais e estratégias para enfrentar os desafios de desenvolvimento e sustentabilidade.
*Com informações da Agência Brasil.
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