Em entrevista exclusiva concedida nesta sexta-feira (08/11/2024) — ao jornalista e cientista social Carlos Augusto, diretor do Jornal Grande Bahia (JGB) — o advogado e professor de Direito Hudson Araújo Resedá, aborda o cenário atual do Judiciário brasileiro, marcado por graves denúncias e investigações de corrupção. Estados como Bahia, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Goiás, assim como o Superior Tribunal de Justiça (STJ), têm registrado casos que levantam preocupações sobre a integridade das instituições.
“Esse é um momento de profunda indignação para aqueles que atuam com lealdade e compromisso com a Justiça,” afirmou Resedá.
Segundo ele, as recentes operações expõem um “câncer” que já existia no sistema, mas que somente agora se tornou visível para a população, graças à atuação de membros do Judiciário e da imprensa independente.
Papel da Imprensa e do Judiciário na Exposição de Irregularidades
Para Resedá, a exposição desses escândalos revela o esforço de um Judiciário e de uma imprensa comprometidos em trazer à luz práticas que prejudicam a sociedade.
“Temos ainda esperança de avanços, pois é possível limpar e reestruturar o Judiciário, eliminando práticas e elementos que comprometem a confiança pública,” declarou.
O professor destacou que a divulgação de irregularidades contribui para que a população entenda as dificuldades enfrentadas pelo sistema judicial e, ao mesmo tempo, promova um ambiente de cobrança por transparência e ética.
A Responsabilidade da OAB na Fiscalização Ética da Advocacia
Durante a entrevista, Resedá também se posicionou sobre a responsabilidade da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em punir advogados envolvidos em práticas ilícitas. Ele enfatizou a necessidade de uma ação mais rígida da entidade em relação a advogados que, ao realizar delações premiadas, assumem a prática de atos danosos ao sistema de justiça.
“O simples fato de fazer uma delação e devolver valores ao erário não anula a responsabilidade ética e legal desses profissionais. A OAB não pode ignorar essas violações; é preciso puni-los seriamente para garantir a credibilidade da instituição e da advocacia,” observou Resedá, que propõe uma revisão das políticas de conduta da OAB para assegurar a punição daqueles que mancham a imagem da profissão.
Reflexões sobre o Processo Eleitoral da OAB na Bahia
Outro tema abordado por Resedá foi o processo eleitoral da OAB na Bahia, previsto para acontecer em breve, com a escolha de novos representantes estaduais e municipais. Ao falar sobre os candidatos, Resedá afirmou que prefere não manifestar apoio a um nome específico, devido à sua posição profissional, mas enfatizou que confia na capacidade dos candidatos em questão.
“Temos quadros capacitados que podem cumprir um papel relevante para a instituição, representando bem os interesses da classe. Acredito que o próximo presidente da OAB terá um compromisso com a ética e com o aprimoramento da advocacia na Bahia,” afirmou.
Conclusão e Agradecimento
Ao finalizar a entrevista, Resedá reforçou seu compromisso com a defesa de um Judiciário transparente e ético, e agradeceu ao Jornal Grande Bahia pela oportunidade de expor suas reflexões sobre o cenário jurídico e os desafios enfrentados pela advocacia. O Jornal Grande Bahia agradeceu a disponibilidade e as contribuições de Hudson Resedá, que deixou um apelo pela valorização da ética e da justiça no exercício do Direito.
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