Neste sábado (16/11/2024), último dia do evento CRIA G20, realizado no Brasil, o painel G20 Talks – Enfrentamento às Mudanças Climáticas destacou a interconexão entre justiça climática e justiça social, além de reforçar a importância da valorização dos saberes ancestrais. Moderado pelo ator e ativista Sérgio Marone, o debate reuniu vozes diversas, como a jovem ativista indiana Licypriya Kangujam, o líder indígena brasileiro Tukumã Pataxó e a ativista climática Tori Tsui. A primeira-dama do Brasil, Janja Lula da Silva, também esteve presente, reiterando o engajamento do governo brasileiro com essas questões.
Desafios Globais e Ações Locais
Marone enfatizou a relevância da inclusão da sociedade civil nas discussões globais, destacando que fome e mudanças climáticas representam desafios que transcendem fronteiras. Segundo ele, enfrentar esses problemas exige coordenação internacional e o reconhecimento do papel das comunidades tradicionais na preservação ambiental. “O futuro depende da integração de práticas ancestrais com soluções modernas”, afirmou.
A ativista climática Licypriya Kangujam ressaltou o impacto da crise climática na infância e a urgência da inclusão da educação climática nos currículos escolares. Segundo ela, “a educação é essencial para que as futuras gerações possam liderar mudanças significativas”. Licypriya também alertou para a relação entre fome e mudanças climáticas, destacando que essas questões comprometem a dignidade humana.
Preservação Ambiental e Saberes Tradicionais
Tukumã Pataxó chamou a atenção para a crise no Rio Amazonas, que sofre com a seca, e relacionou esse problema às escolhas políticas globais. Ele destacou a importância de investir em práticas agrícolas sustentáveis e na preservação ambiental como formas de enfrentar a fome. “Os saberes indígenas são parte indispensável da solução para a crise climática”, reforçou.
Tori Tsui abordou a relação entre combustíveis fósseis e racismo ambiental, alertando para os impactos irreversíveis de um aumento maior na temperatura global. Ela também criticou a desigualdade na distribuição de alimentos, apontando a necessidade de mudanças no sistema de produção e consumo global.
Soluções Integradas
Os participantes concluíram que a justiça climática deve ser inseparável da justiça social. Escutar as comunidades indígenas, negras e outros grupos historicamente marginalizados é fundamental para assegurar que as políticas globais sejam inclusivas e eficazes. O encerramento do CRIA G20 reafirmou que alcançar um futuro sustentável depende de ações que combinem preservação ambiental, combate à fome e equidade social.

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