O cenário político baiano voltou a ser palco de debates internos e disputas de influência dentro da oposição, com foco no futuro da liderança de ACM Neto. Nesta terça-feira (05/11/2024), o presidente do PT Bahia, Éden Valadares, comentou a recente declaração de João Roma, presidente do PL no estado, que afirmou considerar o prefeito de Salvador, Bruno Reis, mais preparado que ACM Neto para ser o candidato da direita ao governo estadual em 2026. Segundo Éden, a liderança de Neto dentro de seu próprio grupo político vem sendo gradativamente questionada, o que revelaria uma crise de influência.
Para o presidente do PT Bahia, a declaração de Roma reforça as dúvidas sobre a capacidade de ACM Neto de consolidar seu papel como líder da oposição no estado.
“O que chama mais atenção nas afirmações de João Roma é que ele se junta ao coro que questiona se ACM Neto lidera ou não a oposição, se ele será ou não candidato, e sobre quem deve supostamente representar o União Brasil, o antigo PFL e o DEM na Bahia”, afirmou Valadares.
Ele também lembrou que outras lideranças da direita na Bahia já manifestaram opiniões que diminuem a influência de Neto, sugerindo outras figuras como Duquinho e Bruno Reis como possíveis nomes de consenso no grupo.
O líder petista também pontuou que o histórico de Neto pode explicar parte das incertezas que envolvem sua liderança.
“Não sei se pelo trauma de já ter fugido, pela lembrança de quando deixou seu grupo na mão, ou se pela fama de não ter paciência para dialogar com as lideranças, mas sempre é alguém de dentro do seu grupo que questiona publicamente a liderança de ACM Neto”, observou.
Além de comentar a situação de Neto, Éden Valadares elogiou a avaliação feita por João Roma sobre a força do grupo do PT na Bahia e do governador Jerônimo Rodrigues para as próximas eleições estaduais. Valadares concordou com Roma ao destacar que a possível presença de Jaques Wagner e Rui Costa na chapa fortaleceria a coligação, elevando sua competitividade no pleito de 2026. Entretanto, divergiu do dirigente do PL em relação à inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Para o líder do PT baiano, a inelegibilidade de Bolsonaro está claramente definida, pois, conforme destacou, o ex-presidente já foi investigado, denunciado, teve direito à defesa e foi condenado, estando atualmente impedido de concorrer devido às penalidades impostas pelos crimes pelos quais foi responsabilizado.
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