A Polícia Civil da Bahia deflagrou, na última terça-feira (19/11/2024), a Operação Hulóng: Dragão de Fogo, que investigou uma série de incêndios criminosos ocorridos em setembro de 2024, em Feira de Santana. A ação, conduzida pelo Serviço de Investigação da 1ª Delegacia Territorial do município, resultou na prisão de três suspeitos nos estados de São Paulo e Rio Grande do Sul. As investigações apontam que os ataques foram motivados por disputas comerciais entre empresários chineses e coordenados por um grupo com base em São Paulo.
Investigações revelam disputa comercial como motivação
Os incêndios ocorreram na madrugada de 12 de setembro de 2024, atingindo propriedades pertencentes a empresários chineses residentes em Feira de Santana. Segundo a Polícia Civil, o crime foi financiado por um empresário chinês radicado em São Paulo, proprietário de uma empresa de importação e exportação. Ele teria oferecido R$ 50 mil para que os ataques fossem realizados, em razão de rivalidades comerciais com as vítimas.
Esquema financeiro e participação de militar
O rastreamento de transferências financeiras realizadas via PIX permitiu aos investigadores compreender a dinâmica do crime. Entre os indiciados, está um cabo da Polícia Militar de São Paulo, apontado como intermediário na contratação dos executores. O militar teria articulado a participação de pelo menos quatro pessoas na execução dos ataques, coordenando a operação criminosa a partir de São Paulo.
Prejuízos e histórico dos incêndios
Os ataques resultaram em destruição significativa. No bairro Pedra do Descanso, um depósito de produtos importados, com mercadorias avaliadas em R$ 8 milhões, foi incendiado. Em seguida, duas lojas localizadas na rua Conselheiro Franco, no Centro de Feira de Santana, também foram alvos, totalizando prejuízos estimados em mais de R$ 15 milhões.
Declarações e desdobramentos da operação
A delegada-geral da Polícia Civil da Bahia, Dra. Heloísa Brito, destacou o papel da integração entre agências estaduais na resolução do caso. “A Operação Hulóng partiu do levantamento de informações detalhadas sobre os envolvidos, incluindo o rastreamento de transações financeiras e a identificação de conexões entre o mandante, os intermediários e os executores. A atuação coordenada pela Polícia Civil resultou na coleta de provas que reforçam a complexidade do esquema criminoso e destacam o empenho de toda a equipe envolvida.”
As investigações continuam para localizar outros suspeitos e determinar a extensão da rede criminosa.
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