À margem da cúpula do G20, que acontece nesta semana no Rio de Janeiro, o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, pediu calma e contenção diante das tensões em Moçambique, que surgiram após as eleições realizadas em 9 de outubro de 2024. Os protestos questionam a integridade do processo eleitoral e têm gerado relatos de repressão e violência.
Durante uma coletiva de imprensa realizada no domingo (17), Guterres enfatizou a importância de resolver os conflitos de forma pacífica e respeitosa às instituições democráticas do país.
“O meu apelo é à calma e à expressão pacífica das opiniões e posições. Da mesma forma, apelo às autoridades para que ajam com contenção e respeitem o funcionamento das instituições, promovendo soluções que mantenham a paz”, afirmou o chefe da ONU.
A manifestação de Guterres ocorre em meio a declarações de especialistas independentes da ONU que, dois dias antes, já haviam alertado sobre a repressão a manifestantes, jornalistas, advogados e ativistas. Segundo os peritos, medidas repressivas em protestos pacíficos provocaram até o momento 30 mortes, deixaram 200 pessoas feridas e resultaram na prisão de pelo menos 300 indivíduos. A nota também exigiu que as autoridades moçambicanas interrompam o uso da força excessiva e garantam investigações imparciais e transparentes sobre os assassinatos e demais violações.
Relatórios divulgados pelos especialistas destacam a morte de uma criança, assassinatos deliberados de manifestantes desarmados e outras graves violações dos direitos humanos, como uso desproporcional de força policial. Em declaração anterior, o alto comissário da ONU para os Direitos Humanos, Volker Turk, já havia expressado preocupação com a escalada das tensões no país e com os impactos sobre a população civil.
Os protestos em Moçambique ocorrem em um contexto de descontentamento generalizado com os resultados das eleições e a condução do processo eleitoral. A ONU reforça que o respeito aos direitos humanos e o diálogo são fundamentais para superar a crise.
*Com informações da ONU News.
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