Fundada em 1888 por George Eastman, a Eastman Kodak Company desempenhou um papel revolucionário na popularização da fotografia, tornando-a acessível ao público por meio de câmeras portáteis e processos simplificados. Consolidou-se como líder global na indústria fotográfica, alcançando um valor de mercado de 29 bilhões de euros em 1996. Contudo, sua transição tardia para a tecnologia digital, iniciada no final do século XX, levou a sérios desafios financeiros, culminando no pedido de falência em 2012. Após reestruturar suas operações, a Kodak diversificou suas atividades, incluindo serviços de impressão digital e soluções empresariais, preservando seu impacto na cultura popular e na história da fotografia.
Origem e Ascensão no Mercado Fotográfico
Inovações e Liderança no Mercado
Entre os produtos mais marcantes da empresa está a câmera Kodak Box, lançada em 1888, que revolucionou o mercado. Ao longo das décadas, a empresa dominou o setor com produtos inovadores e estratégias de marketing eficientes, alcançando seu auge na década de 1990. Nessa época, a marca era sinônimo de qualidade e acessibilidade, moldando a experiência fotográfica de gerações.
Resistência à Revolução Digital
A inflexão decisiva na trajetória da Kodak ocorreu nos anos 1970, quando Steven Sasson, engenheiro da empresa, desenvolveu a primeira câmera digital portátil. Apesar do potencial transformador da tecnologia, a empresa optou por não investir em sua comercialização, temendo canibalizar o lucrativo mercado de filmes fotográficos. Enquanto isso, concorrentes como a Fujifilm avançaram rapidamente, assumindo posições de destaque no emergente mercado digital.
A transição da Kodak para a fotografia digital começou apenas no final dos anos 1990, já em meio à forte concorrência e com margens de lucro reduzidas. Essa demora comprometeu sua liderança, levando a uma perda significativa de mercado.
Declínio e Pedido de Falência
A crise da Kodak ficou evidente em 2009, com o encerramento da produção do icônico filme Kodachrome, um marco de sua história. A venda de ativos estratégicos, como o Kodak Health Group, e dificuldades financeiras cada vez maiores culminaram no pedido de falência em 2012, encerrando uma era de liderança na fotografia analógica.
Reposicionamento e Diversificação de Negócios
Após emergir da falência em 2013, a Kodak reestruturou suas operações, focando em novos mercados. A empresa passou a atuar em serviços de impressão digital, embalagens e produtos químicos, além de fornecer filmes para a indústria cinematográfica. Apesar desses esforços, o impacto de sua transição tardia para o digital permanece como um caso emblemático de adaptação insuficiente às mudanças tecnológicas.
Legado e Impacto Cultural
Embora tenha enfrentado um declínio significativo, o legado cultural da Kodak permanece inegável. Expressões como “Kodak moment” tornaram-se parte do vocabulário popular, simbolizando ocasiões dignas de serem eternizadas. A democratização da fotografia promovida pela empresa moldou a forma como gerações capturam e compartilham memórias, garantindo-lhe um lugar de destaque na história da fotografia.
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