DNIT apura responsabilidade por desabamento de Ponte na BR-226; Ministério dos Transportes autoriza reconstrução

O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) instaurou uma sindicância para investigar as causas do desabamento da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, ocorrida no último domingo (22/12/2024). A portaria que oficializa o início do procedimento, de número 6194, foi publicada na terça-feira (24). A estrutura, localizada na BR-226, desempenhava um papel essencial na ligação entre os estados do Maranhão e Tocantins.

Paralelamente, o Ministério dos Transportes anunciou que publicará ainda nesta terça-feira (24) um decreto de emergência. Este decreto viabilizará a alocação de mais de R$ 100 milhões para a construção de uma nova ponte no local, com o objetivo de restabelecer o fluxo viário o mais rápido possível.

Segundo o diretor-geral do DNIT, Fabrício Galvão, a comissão designada para conduzir a sindicância iniciará os trabalhos na próxima quinta-feira (26).

“A diretoria colegiada do DNIT instaurou a sindicância hoje, e a comissão já se deslocará ao local para realizar as primeiras coletas de documentos. Pretendemos acionar também órgãos externos para colaborar nas investigações”, afirmou Galvão.

De acordo com a portaria, a comissão está autorizada a proceder com o levantamento de fatos, requisição e análise de documentos e outras evidências necessárias ao esclarecimento do ocorrido. Também está prevista a produção de provas técnicas, como ensaios laboratoriais e inspeções em campo, com o intuito de identificar as causas do desabamento e avaliar possíveis responsabilidades. O prazo estipulado para a conclusão dos trabalhos é de 120 dias.

A ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, que já era alvo de preocupação devido ao seu estado de conservação, desempenhava uma função estratégica ao integrar importantes rotas de transporte de mercadorias e passageiros na região. Com o desabamento, as comunidades locais enfrentam transtornos significativos, incluindo a necessidade de percursos alternativos mais longos e custos adicionais.

Especialistas apontam que a investigação deverá considerar tanto fatores estruturais quanto as condições climáticas que poderiam ter contribuído para o desmoronamento. Além disso, haverá um exame detalhado dos registros de manutenção e eventuais intervenções realizadas na ponte nos últimos anos.