Há três anos, o forró foi reconhecido oficialmente pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) como Patrimônio Imaterial do Brasil. A decisão, tomada de forma unânime, foi um marco para a cultura nacional, ocorrendo a poucos dias do Dia do Forró, celebrado em 13 de dezembro, em homenagem ao nascimento de Luiz Gonzaga, um dos maiores ícones do gênero musical. A oficialização do título destacou não apenas o forró como expressão artística, mas também como uma poderosa ferramenta de preservação da memória cultural do país.
O reconhecimento foi fruto de um processo iniciado com o empenho do deputado federal Daniel Almeida, que destinou emenda parlamentar para viabilizar os estudos necessários ao reconhecimento do forró pelo Iphan. Em declaração sobre o feito, o parlamentar afirmou:
“O forró é mais do que música ou dança; é a expressão viva da alma nordestina e um patrimônio do Brasil. Trabalhar para que ele recebesse o título foi uma forma de honrar nossa história e garantir que essa riqueza cultural seja preservada para as futuras gerações.”
Desde a oficialização do título, o forró se consolidou não apenas como uma manifestação artística, mas também como um símbolo de identidade cultural do Brasil, especialmente no Nordeste. Além de sua importância como expressão cultural, o forró se tornou um fator relevante no desenvolvimento econômico local, principalmente durante os festejos juninos, que geram emprego e renda para muitas famílias. Almeida ressaltou que os festejos representam uma oportunidade de trabalho, sendo uma importante fonte de sustento para diversas pessoas.
O forró é considerado um supergênero musical, já que abrange uma ampla variedade de ritmos e expressões, como o baião, o xote, o xaxado, o chamego, o miudinho, a quadrilha e o arrasta-pé. Esse caráter plural reflete a diversidade do povo brasileiro, que encontra no forró um meio de fortalecer sua cultura e manter viva uma tradição que remonta às raízes mais profundas do país.
Três anos após o reconhecimento, o forró segue presente em diversas manifestações culturais, reafirmando seu papel fundamental na preservação da memória e na promoção da diversidade cultural brasileira. A sua importância vai além da música e da dança; ela está inserida em um contexto mais amplo, que envolve questões de identidade, economia e resistência cultural.
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