Governo da Bahia presta apoio a Minas Gerais após acidente fatal na BR-116

Na madrugada de sábado (21/12/2024), um grave acidente na BR-116, em Teófilo Otoni, Minas Gerais, resultou na morte de 41 pessoas, incluindo 39 no ônibus que vinha de São Paulo com destino à Bahia. O acidente envolveu um ônibus da Viação Emtram, uma carreta bitrem e um carro de passeio. As causas iniciais do acidente estavam relacionadas à queda de um bloco de granito da carreta, que atingiu o ônibus, fazendo com que o veículo perdesse o controle, pegasse fogo e explodisse. A maioria das vítimas foi carbonizada, dificultando a identificação.

Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), o acidente foi um dos mais letais registrados nas rodovias federais do Brasil, desde 2008. Os trabalhos de resgate e remoção dos corpos foram complexos devido à violência do impacto e às condições em que os corpos foram encontrados.

Ação Rápida do Governo da Bahia

O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues, expressou solidariedade e confirmou a mobilização do governo baiano para prestar apoio às vítimas e suas famílias. Em publicações nas redes sociais, ele informou que estava acompanhando de perto a situação, com sua equipe de governo, composta por representantes da Polícia Civil, Corpo de Bombeiros e Secretaria da Saúde, em contato constante com as autoridades mineiras. O objetivo foi garantir o auxílio nas operações de resgate e identificação das vítimas.

Além disso, Jerônimo Rodrigues destacou a colaboração da Polícia Técnica da Bahia (DPT-BA), que foi acionada para apoiar no processo de reconhecimento dos corpos. O DPT-BA se comunicou com o Instituto de Identificação de Minas Gerais, oferecendo suporte técnico e logístico, além de se disponibilizar para realizar a coleta de material genético de familiares, caso necessário, para a identificação de vítimas cujos corpos estavam severamente carbonizados.

Mobilização das Autoridades de Minas Gerais

O governo de Minas Gerais também se mobilizou rapidamente após o acidente. Autoridades estaduais, como a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), o Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais (CBMMG) e a Secretaria de Saúde, enviaram equipes ao local. A perícia e o atendimento às vítimas foram coordenados de forma conjunta para lidar com o grande número de mortes e feridos.

Além disso, a Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) e o Gabinete Militar do Governador participaram ativamente no transporte das equipes de apoio. A aeronave do Gabinete Militar foi usada para enviar peritos de Belo Horizonte ao local do acidente, garantindo que o trabalho de identificação fosse realizado com a maior eficiência possível.

Apoio de Outros Estados

Além do apoio do governo baiano e das autoridades de Minas Gerais, o governo de São Paulo também se mobilizou, oferecendo ajuda com as equipes da Polícia Científica do Estado. Essas equipes foram enviadas para colaborar na identificação das vítimas e reforçar o trabalho das autoridades mineiras.

Identificação das Vítimas e Desafios no Processo

A identificação das vítimas foi um dos maiores desafios enfrentados pelas equipes de resgate e autoridades locais. O grande número de corpos carbonizados tornou a tarefa ainda mais difícil. A Polícia Técnica da Bahia, em conjunto com o Instituto de Identificação Pedro Mello, se dedicou a colaborar com as autoridades mineiras, oferecendo suporte técnico e realizando exames de DNA, caso fosse necessário.

Em Belo Horizonte, o Instituto Médico Legal André Roquette (IMLAR) foi deslocado para Teófilo Otoni com uma equipe de apoio. No entanto, a infraestrutura do IMLAR foi considerada essencial para atender a demanda de identificações em larga escala. Um caminhão frigorífico foi enviado do Instituto Médico Legal (IML) de Teófilo Otoni para Belo Horizonte com os corpos das vítimas, para que exames mais detalhados pudessem ser realizados na capital.

Investigação das Causas do Acidente

As autoridades federais e estaduais iniciaram uma investigação para apurar as causas do acidente. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) e a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) estão conduzindo as investigações. A PRF relatou que o motorista da carreta envolvida no acidente estava com a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) suspensa e que o caminhão estava com excesso de peso. O motorista fugiu do local do acidente e está sendo procurado pelas autoridades. A perícia também revelou que o tacógrafo do caminhão e o próprio veículo foram levados para análise, enquanto o ônibus, devido aos danos causados pela explosão, não pôde ser periciado.

Dados do Acidente

• Data e Local do Acidente:
  • Sábado, 21 de dezembro de 2024, na BR-116, em Teófilo Otoni, Minas Gerais.
• Vítimas:
  • 41 mortos (39 no ônibus e 2 em outros veículos envolvidos).
  • A maioria das vítimas foi carbonizada.
  • 13 pessoas sobreviveram, sendo encaminhadas para atendimento médico.
• Veículos Envolvidos:
  • Um ônibus da Viação Emtram (de São Paulo para Vitória da Conquista, Bahia).
  • Uma carreta bitrem (com bloco de granito que causou o acidente).
  • Um carro de passeio (Fiat Argo).
• Investigação:
  • Motorista da carreta com CNH suspensa e excesso de peso no veículo.
  • O motorista fugiu do local do acidente e está sendo procurado.
  • Perícia do tacógrafo do caminhão está em andamento.
• Apoio e Mobilização:
  • Governo da Bahia enviou equipes da Polícia Técnica para ajudar na identificação das vítimas.
  • A Polícia Civil de Minas Gerais e outras autoridades estaduais coordenaram as operações de resgate e atendimento.
  • O governo de São Paulo enviou equipes da Polícia Científica para auxiliar.

• Infraestrutura de Identificação:

  • Corpos foram transferidos para Belo Horizonte para exames mais detalhados no IML da capital.
  • Uso de exames de DNA para identificar vítimas carbonizadas.