Em 2023, a Bahia registrou os menores índices de pobreza e extrema pobreza dos últimos 12 anos, desde o início da série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC), em 2012. O estado alcançou uma redução de 8,8% no total de pessoas pobres em relação a 2022, com 668 mil indivíduos saindo dessa condição, totalizando 6,922 milhões de pessoas. Apesar disso, a Bahia se manteve como o segundo estado com maior número absoluto de pessoas pobres, atrás apenas de São Paulo.
A extrema pobreza também apresentou uma queda expressiva de 26% em comparação ao ano anterior, com 467 mil pessoas saindo dessa situação. O total de extremamente pobres caiu para 1,325 milhão, o menor número registrado no estado desde 2014.
Comparativo Nacional: Bahia em Destaque Negativo
Mesmo com os avanços, a Bahia permaneceu em posição de destaque nos rankings nacionais. Em números absolutos, o estado liderou no contingente de pessoas em extrema pobreza e ocupou o segundo lugar em pobreza monetária. Em termos proporcionais, ficou em 7º lugar nos dois indicadores.
No Brasil, 27,4% da população estava abaixo da linha de pobreza em 2023, contra 46% na Bahia. Em relação à extrema pobreza, o índice nacional foi de 4,4%, enquanto o baiano atingiu 8,8%.
Impacto Regional: As Capitais e os Estratos Geográficos
Salvador, capital da Bahia, também refletiu os desafios estaduais. Apesar de registrar queda de 6,4% no número de pessoas pobres, 1,006 milhão de habitantes ainda viviam nessa condição, o que corresponde a 34,4% da população local. Isso fez com que Salvador se tornasse a segunda capital brasileira com maior número absoluto de pessoas pobres, superada apenas por São Paulo.
Por outro lado, os estratos geográficos do Vale do Rio São Francisco e Oeste da Bahia apresentaram as maiores proporções de pobreza e extrema pobreza no estado, com índices de até 56,8% e 13,8%, respectivamente.
Critérios e Metodologia: Linha de Pobreza e Extrema Pobreza
Os indicadores de pobreza e extrema pobreza seguem critérios do Banco Mundial. Para países de renda média-alta, como o Brasil, considera-se pobre a pessoa cuja renda domiciliar per capita diária é inferior a US$ 6,85 (R$ 667 mensais na Bahia). A extrema pobreza é definida por rendas abaixo de US$ 2,15 por dia (R$ 210 mensais).
Números Gerais da Bahia:
- Pobreza (2023): 46% da população (6,922 milhões).
- Extrema Pobreza (2023): 8,8% da população (1,325 milhão).
- Redução de 8,8% na pobreza e 26% na extrema pobreza frente a 2022.
Comparativo Nacional:
- 2º maior número absoluto de pobres no Brasil, atrás de São Paulo.
- 7ª maior proporção de pobres e 6ª de extremamente pobres entre os estados.
Capital Salvador:
- Pobreza: 1,006 milhão de pessoas (34,4%).
- Extrema Pobreza: 185 mil pessoas (6,3%).
- 2ª capital com maior número absoluto de pobres e 5ª em extrema pobreza.
Estratos Geográficos da Bahia:
- Vale do Rio São Francisco: 56,8% na pobreza, 13,8% na extrema pobreza.
- Oeste da Bahia: 54,4% na pobreza, 12,3% na extrema pobreza.
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