Elizabeth Gomes Martins, uma das figuras mais representativas da educação e assistência social em Feira de Santana, nasceu em 8 de outubro de 1929, filha de Celestino Correia Gomes e Alice Suzart Gomes. Sua vida foi marcada pela dedicação ao ensino, à comunidade e à construção de um legado que impactaria gerações de feirenses.
Durante 30 anos, Elizabeth atuou como professora de Educação Infantil no Colégio Estadual São João da Escócia, onde teve a oportunidade de influenciar e formar milhares de crianças. Seu primeiro passo no magistério, porém, foi dado em Conceição da Feira, onde obteve aprovação em concurso público, antes de se transferir para Feira de Santana. Foi na cidade natal que, por meio das viagens de trem para Salvador, conheceu Colbert Martins da Silva, jovem estudante de Odontologia. O encontro entre eles resultou em um casamento que deu origem a três filhos: Colbert Filho (médico e político), Evaldo Martins, economista faleceu em 7 de maio de 2023, durante o segundo governo do irmão; e Eliane Martins e Silva, odontóloga.
A partir de 1º de fevereiro de 1977, quando seu marido, Colbert Martins, assumiu a prefeitura de Feira de Santana, Elizabeth, como primeira-dama, se envolveu ativamente na promoção de políticas públicas voltadas para a educação infantil. Com a visão de criar um espaço de apoio integral para as crianças, ela incentivou a construção de creches e escolas. Esse movimento culminou na criação da Associação de Promoção Humana, em 17 de abril de 1977, que, sob sua presidência, fundou o “Lar da Criança”, uma iniciativa voltada para oferecer assistência educacional, médica, alimentar e recreativa para crianças de 2 a 6 anos.
No dia 9 de maio de 1980, o “Lar da Criança” se transformou na Creche-Escola Dagmar Silva, localizada no bairro da Baraúna, em homenagem à mãe de seu esposo. Para garantir a sustentabilidade da creche e ampliar suas atividades, Elizabeth mobilizou a comunidade por meio de eventos beneficentes, como a Feira do Chope, leilões de animais, bingos, festas juninas e shows artísticos, além de buscar patrocínios e o apoio do poder público municipal.
Com a atuação da Associação de Promoção Humana, Elizabeth também viabilizou a criação de outras escolas municipais, como a José Rios, Nantes Bellas Vieira e Alberto Oliveira, ampliando o acesso à educação básica na cidade e contribuindo para o desenvolvimento educacional de Feira de Santana.
Mesmo após sua aposentadoria, Elizabeth continuou sua jornada com a mesma energia, trabalhando como voluntária na Creche Dagmar Silva. Usando uma sanfona, ela dava aulas de canto e animava as festas juninas, sempre encantando as crianças e reforçando sua conexão com a educação e o bem-estar infantil.
Afetuosamente conhecida como “Dona Bete”, Elizabeth Gomes Martins se tornou um modelo para muitas primeiras-damas, sendo admirada por sua dinâmica, alegria de viver e dedicação total à causa da criança. Sua trajetória deixou marcas profundas na vida pública de Feira de Santana, e sua morte, em 15 de setembro de 2010, aos 82 anos, deixou uma coluna vazia na classe feminina da cidade.
*Com informações da professora e pesquisadora Lélia Vitor Fernandes de Oliveira.
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