Análise do desempenho econômico dos dois primeiros anos do Governo Lula 3: PIB, Inflação, Juros e Investimento em Infraestrutura

Em 20 de janeiro de 2025, o presidente Lula liderou reunião ministerial, na residência oficial da Granja do Torto. Na foto (da esquerda para direita): Ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski; Vice-Presidente da República e Ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Geraldo Alckmin; Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva; Ministro-Chefe da Casa Civil do Brasil, Rui Costa e Ministro da Fazenda do Brasil, Fernando Haddad. Brasília - DF.
Em 20 de janeiro de 2025, o presidente Lula liderou reunião ministerial, na residência oficial da Granja do Torto. Indicadores econômicos de 2023 e 2024 mostram crescimento do PIB, queda da inflação e investimentos robustos em infraestrutura.

O terceiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva, iniciado em janeiro de 2023, foi marcado por desafios e avanços em diversas áreas da economia. A retomada do crescimento econômico, o controle da inflação, a política de juros e o aumento do investimento em infraestrutura figuraram como pontos centrais do governo. Abaixo, é apresentada análise detalhada desses dois anos (2023-2024), embasada nos principais indicadores econômicos: PIB, Inflação, Juros e Investimento em Infraestrutura.

Tabela Resumo dos Indicadores (2023-2024)

Ano Crescimento do PIB (%) Inflação (IPCA, %) Taxa Selic (média, %) Investimento em Infraestrutura (R$ bilhões) PIB Total (R$ trilhões)
2023 2,3 5,8 13,7 87,4 9,4
2024 2,9 4,3 11,5 112,3 9,7

Crescimento Econômico (PIB)

Nos dois primeiros anos do mandato, o Brasil experimentou uma retomada gradual do crescimento econômico. Em 2023, o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 2,3%, impulsionado pelo aumento do consumo das famílias e uma ligeira recuperação do investimento privado. No ano seguinte, o crescimento acelerou para 2,9%, apoiado por programas governamentais de fomento ao crédito e investimentos em infraestrutura.

A expansão do PIB foi sustentada por setores como agronegócio, energia renovável e indústria de transformação. O governo também priorizou parcerias público-privadas (PPPs) para alavancar projetos de grande porte, especialmente em transporte e saneamento.

Inflação (IPCA)

O controle da inflação foi uma prioridade da equipe econômica. Em 2023, a inflação acumulada foi de 5,8%, ainda acima da meta de 3,25%, mas em queda comparada aos números de 2022. Já em 2024, a inflação caiu para 4,3%, aproximando-se do centro da meta.

Essa redução foi alcançada por meio de medidas como a desoneração de produtos da cesta básica, o controle de preços de combustíveis e uma maior previsibilidade da política monetária. A estabilidade dos preços ajudou a aumentar o poder de compra das famílias, contribuindo para a dinamização do mercado interno.

Taxa de Juros (Selic)

A política de juros foi um tema de intenso debate. Em 2023, a taxa Selic manteve-se em níveis elevados, com média de 13,7%, como reflexo de medidas do Banco Central para conter a inflação do período anterior. Contudo, com a inflação sob controle em 2024, houve uma redução gradual da Selic, que atingiu uma média de 11,5%.

Essa queda foi comemorada por setores produtivos, que enfrentaram custos elevados de financiamento em 2023. A redução da taxa de juros estimulou novos investimentos e ampliou o crédito para empresas e consumidores.

Investimento em Infraestrutura

O investimento em infraestrutura foi um dos carros-chefe do Governo Lula 3. Em 2023, o setor recebeu R$ 87,4 bilhões, com foco em rodovias, ferrovias e habitação popular. Em 2024, o volume de recursos aumentou significativamente para R$ 112,3 bilhões, reflexo do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC).

Projetos como a ampliação da malha ferroviária, construção de escolas técnicas e obras de saneamento básico foram destaques. Esses investimentos não apenas geraram empregos, mas também criaram as bases para um crescimento sustentável a longo prazo.

Análise 

Ao cruzar os indicadores de crescimento econômico, inflação, juros e investimentos, nota-se uma relação positiva entre a queda da inflação e a retomada gradual do crescimento do PIB. A redução da Selic, acompanhada de investimentos robustos em infraestrutura, foi crucial para estimular setores produtivos e criar um ciclo virtuoso de desenvolvimento.

O aumento no investimento em infraestrutura em 2024, aliado a uma inflação mais baixa e menor custo de crédito, sustentou o crescimento de 2,9% do PIB. Esse desempenho reflete a efetividade de uma política econômica focada em longo prazo, mesmo diante de desafios globais como pressões inflacionárias externas e tensões geopolíticas.

Por outro lado, o alto endividamento das famílias e a necessidade de diversificar as bases de crescimento econômico continuam sendo pontos de atenção. Com o PIB total alcançando R$ 9,4 trilhões em 2023 e R$ 9,7 trilhões em 2024, o Brasil demonstra capacidade de avançar, mas depende de reformas estruturais e manutenção do ambiente de estabilidade macroeconômica.

A continuidade dessas políticas e a busca por um ambiente macroeconômico estável serão cruciais para os próximos anos, garantindo um Brasil mais próspero e menos desigual.


Discover more from Jornal Grande Bahia (JGB)

Subscribe to get the latest posts sent to your email.

Facebook
Threads
WhatsApp
Twitter
LinkedIn

Deixe um comentário

Discover more from Jornal Grande Bahia (JGB)

Subscribe now to keep reading and get access to the full archive.

Continue reading

Privacidade e Cookies: O Jornal Grande Bahia usa cookies. Ao continuar a usar este site, você concorda com o uso deles. Para saber mais, inclusive sobre como controlar os cookies, consulte: Política de Cookies.