O terceiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva, iniciado em janeiro de 2023, foi marcado por desafios e avanços em diversas áreas da economia. A retomada do crescimento econômico, o controle da inflação, a política de juros e o aumento do investimento em infraestrutura figuraram como pontos centrais do governo. Abaixo, é apresentada análise detalhada desses dois anos (2023-2024), embasada nos principais indicadores econômicos: PIB, Inflação, Juros e Investimento em Infraestrutura.
Tabela Resumo dos Indicadores (2023-2024)
| Ano | Crescimento do PIB (%) | Inflação (IPCA, %) | Taxa Selic (média, %) | Investimento em Infraestrutura (R$ bilhões) | PIB Total (R$ trilhões) |
|---|---|---|---|---|---|
| 2023 | 2,3 | 5,8 | 13,7 | 87,4 | 9,4 |
| 2024 | 2,9 | 4,3 | 11,5 | 112,3 | 9,7 |
Crescimento Econômico (PIB)
Nos dois primeiros anos do mandato, o Brasil experimentou uma retomada gradual do crescimento econômico. Em 2023, o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 2,3%, impulsionado pelo aumento do consumo das famílias e uma ligeira recuperação do investimento privado. No ano seguinte, o crescimento acelerou para 2,9%, apoiado por programas governamentais de fomento ao crédito e investimentos em infraestrutura.
A expansão do PIB foi sustentada por setores como agronegócio, energia renovável e indústria de transformação. O governo também priorizou parcerias público-privadas (PPPs) para alavancar projetos de grande porte, especialmente em transporte e saneamento.
Inflação (IPCA)
O controle da inflação foi uma prioridade da equipe econômica. Em 2023, a inflação acumulada foi de 5,8%, ainda acima da meta de 3,25%, mas em queda comparada aos números de 2022. Já em 2024, a inflação caiu para 4,3%, aproximando-se do centro da meta.
Essa redução foi alcançada por meio de medidas como a desoneração de produtos da cesta básica, o controle de preços de combustíveis e uma maior previsibilidade da política monetária. A estabilidade dos preços ajudou a aumentar o poder de compra das famílias, contribuindo para a dinamização do mercado interno.
Taxa de Juros (Selic)
A política de juros foi um tema de intenso debate. Em 2023, a taxa Selic manteve-se em níveis elevados, com média de 13,7%, como reflexo de medidas do Banco Central para conter a inflação do período anterior. Contudo, com a inflação sob controle em 2024, houve uma redução gradual da Selic, que atingiu uma média de 11,5%.
Essa queda foi comemorada por setores produtivos, que enfrentaram custos elevados de financiamento em 2023. A redução da taxa de juros estimulou novos investimentos e ampliou o crédito para empresas e consumidores.
Investimento em Infraestrutura
O investimento em infraestrutura foi um dos carros-chefe do Governo Lula 3. Em 2023, o setor recebeu R$ 87,4 bilhões, com foco em rodovias, ferrovias e habitação popular. Em 2024, o volume de recursos aumentou significativamente para R$ 112,3 bilhões, reflexo do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC).
Projetos como a ampliação da malha ferroviária, construção de escolas técnicas e obras de saneamento básico foram destaques. Esses investimentos não apenas geraram empregos, mas também criaram as bases para um crescimento sustentável a longo prazo.
Análise
Ao cruzar os indicadores de crescimento econômico, inflação, juros e investimentos, nota-se uma relação positiva entre a queda da inflação e a retomada gradual do crescimento do PIB. A redução da Selic, acompanhada de investimentos robustos em infraestrutura, foi crucial para estimular setores produtivos e criar um ciclo virtuoso de desenvolvimento.
O aumento no investimento em infraestrutura em 2024, aliado a uma inflação mais baixa e menor custo de crédito, sustentou o crescimento de 2,9% do PIB. Esse desempenho reflete a efetividade de uma política econômica focada em longo prazo, mesmo diante de desafios globais como pressões inflacionárias externas e tensões geopolíticas.
Por outro lado, o alto endividamento das famílias e a necessidade de diversificar as bases de crescimento econômico continuam sendo pontos de atenção. Com o PIB total alcançando R$ 9,4 trilhões em 2023 e R$ 9,7 trilhões em 2024, o Brasil demonstra capacidade de avançar, mas depende de reformas estruturais e manutenção do ambiente de estabilidade macroeconômica.
A continuidade dessas políticas e a busca por um ambiente macroeconômico estável serão cruciais para os próximos anos, garantindo um Brasil mais próspero e menos desigual.
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