As comemorações pelos 202 anos da Independência do Brasil na Bahia tiveram início em Itaparica nesta terça-feira (07/01/2025), com uma programação que envolveu manifestações culturais, apresentações artísticas e celebrações religiosas. O evento, que se estendeu por várias partes da cidade, rememorou o papel fundamental do povo itaparicano na expulsão das tropas portuguesas da Baía de Todos-os-Santos, destacando a resistência e as contribuições das culturas afro-brasileira e indígena.
O ponto culminante das festividades foi a tradicional Puxada do Caboclo, que marcou a abertura oficial dos eventos. A cerimônia, que começou na histórica Fonte da Bica, simbolizou a integração das culturas afro-brasileira e indígena e percorreu as ruas da cidade até a Igreja Matriz do Santíssimo Sacramento. Lá, foi realizada uma cerimônia religiosa, encerrando o ato de devoção. Posteriormente, a imagem do Caboclo foi conduzida até o Campo Formoso, onde foi exposta ao público no Panteão, dando continuidade às festividades.
O governador Jerônimo Rodrigues, presente no evento, fez questão de ressaltar a importância histórica de Itaparica para a Independência do Brasil.
“Comemorar a Independência em Itaparica é reconhecer o papel crucial desta terra e do seu povo na construção da nossa história de liberdade. Este evento é uma celebração da força e da diversidade que fazem da Bahia um lugar único”, afirmou o governador, destacando a relevância da cidade na resistência à dominação portuguesa.
O secretário da Cultura, Bruno Monteiro, também se pronunciou sobre a importância da data. Para ele, o 7 de janeiro em Itaparica é mais do que uma simples comemoração.
“É um momento de reafirmarmos nossa história e nossas raízes”, disse Monteiro, enfatizando que as festividades não apenas preservam as memórias históricas, mas também promovem a união das gerações e o fortalecimento da identidade cultural da Bahia.
A programação das comemorações também incluiu uma apresentação teatral realizada na aldeia Guarani, que emocionou o público ao contar histórias de resistência dos povos originários e ressaltar a riqueza cultural que compõe a diversidade baiana. A aldeia se tornou um dos centros de celebração, oferecendo aos visitantes uma experiência imersiva nas tradições indígenas.
A importância simbólica do evento foi também reconhecida por turistas como Mariana Amado, paulista que acompanhou as festividades pela primeira vez.
“Foi emocionante participar de uma celebração tão rica em significado. Estar aqui me fez sentir conectada à história do Brasil de uma forma muito viva”, relatou. Mariana destacou como a vivência do evento contribuiu para sua compreensão sobre a luta pela liberdade e a diversidade que formam o país.
As celebrações, que continuam até sábado (11), seguem como um testemunho da preservação das heranças culturais e da valorização da identidade baiana. Ao unir tradição, cultura e participação comunitária, Itaparica reforça seu papel central na memória coletiva da Bahia e do Brasil, celebrando 202 anos de Independência com um olhar voltado para o futuro e para a preservação de suas raízes históricas.

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