Maranhão, Bahia e Pará lideram ranking de obras públicas paralisadas no Brasil

O Brasil encerrou 2024 com 11.941 obras públicas paralisadas, representando 52% dos contratos em andamento. Maranhão, Bahia e Pará lideram o ranking de estados com maior número de empreendimentos interrompidos, segundo levantamento do Tribunal de Contas da União (TCU).
Dados do Tribunal de Contas da União revelam que mais de 11 mil obras públicas estão paralisadas no Brasil, afetando setores essenciais como saúde, educação e infraestrutura.

O Brasil contabilizou 11.941 obras públicas paralisadas até o final de 2024, de acordo com relatório divulgado pelo Tribunal de Contas da União (TCU). O número equivale a 52% dos contratos em andamento no país, o que significa que um a cada dois empreendimentos contratados com recursos federais encontra-se interrompido.

Entre as unidades da federação, o Maranhão aparece no topo do ranking, com 1.232 obras paralisadas, representando 76,8% do total de contratos no estado. A Bahia ocupa a segunda posição, com 972 empreendimentos interrompidos, ou 69,6% do total, seguida pelo Pará, com 938 obras paradas, o equivalente a 65,5% dos contratos.

O levantamento também detalha a situação por setores, revelando que a área da saúde lidera o número de empreendimentos paralisados, com 4.580 obras, seguida pela educação básica, com 4.094. Infraestrutura e mobilidade urbana ocupam a terceira posição, com 1.243 empreendimentos interrompidos. Entre os projetos afetados estão unidades básicas de saúde, escolas, creches, quadras esportivas e estruturas de atenção especializada.

O especialista em direito da construção Rafael Marinangelo atribui o problema principalmente a questões ligadas à gestão pública e a falhas técnicas durante a execução dos contratos. Segundo ele, a paralisação de obras gera impactos sociais diretos, como a perda de acesso a serviços essenciais e o aumento dos custos para a retomada dos projetos.

“As obras paralisadas tendem a se degradar com o tempo. Além disso, o benefício social planejado, como um hospital para ampliar o atendimento ou um viaduto para melhorar o trânsito, não é alcançado”, afirmou.

O TCU aponta que a conclusão dessas obras é fundamental para a melhoria da qualidade de vida da população. A retomada depende de maior planejamento, eficiência na execução dos contratos e medidas de fiscalização mais rigorosas.


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