Nova fiscalização do Pix não visa pequenos empresários e reforça combate a crimes financeiros, diz Receita Federal

O secretário da Receita Federal, Robinson Barreirinhas, durante esclarecimento sobre as novas regras de fiscalização financeira.
O secretário da Receita Federal, Robinson Barreirinhas, durante esclarecimento sobre as novas regras de fiscalização financeira.

A Receita Federal informou que a nova regulamentação de fiscalização de transações financeiras, incluindo o sistema Pix, tem como objetivo identificar operações suspeitas relacionadas a atividades ilícitas, como lavagem de dinheiro, sem impactar pequenos empresários ou trabalhadores informais. A medida, divulgada nesta segunda-feira (13/01/2025), busca esclarecer dúvidas e desmentir boatos que têm gerado preocupações no setor produtivo e entre cidadãos comuns.

De acordo com a Receita, as novas regras obrigam instituições financeiras e meios de pagamento regulados por órgãos como o Banco Central e a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) a reportarem transações acima de R$ 5.000 para pessoas físicas e de R$ 15.000 para pessoas jurídicas. A coleta de informações está restrita a dados essenciais para identificação de irregularidades, preservando o sigilo de detalhes sobre as movimentações diárias dos contribuintes.

O secretário da Receita Federal, Robinson Barreirinhas, reforçou que o monitoramento não se destina a trabalhadores informais ou pequenos empreendedores.

“O foco da Receita Federal é em quem utiliza esses meios de pagamento para ocultar dinheiro ilícito ou ligado a atividades criminosas, e não em cidadãos que utilizam o Pix em suas atividades regulares,” explicou.

Nos últimos dias, a disseminação de informações equivocadas gerou desconfiança entre pequenos empresários e favoreceu a propagação de golpes digitais que simulam cobranças fraudulentas. Barreirinhas destacou que tais ações são combatidas pelo aprimoramento da fiscalização, que busca reduzir inconsistências e evitar penalizações indevidas aos contribuintes.

Além disso, a Receita esclareceu que o monitoramento de transações financeiras não é novidade. Até o momento, outras modalidades, como pagamentos por cartão de crédito e depósitos bancários, já eram sujeitas a reportes quando excediam valores menores: R$ 2.000 para pessoas físicas e R$ 6.000 para pessoas jurídicas.

A nova medida também visa facilitar o combate a crimes financeiros, permitindo que a Receita concentre seus esforços em situações de maior risco. Segundo Barreirinhas, a política diminui a probabilidade de contribuintes caírem na malha-fina por engano, garantindo maior eficiência ao processo de fiscalização.

*Com informações da Revista Veja.


Discover more from Jornal Grande Bahia (JGB)

Subscribe to get the latest posts sent to your email.

Facebook
Threads
WhatsApp
Twitter
LinkedIn

Deixe um comentário

Discover more from Jornal Grande Bahia (JGB)

Subscribe now to keep reading and get access to the full archive.

Continue reading

Privacidade e Cookies: O Jornal Grande Bahia usa cookies. Ao continuar a usar este site, você concorda com o uso deles. Para saber mais, inclusive sobre como controlar os cookies, consulte: Política de Cookies.