Advogado de destaque na Bahia e referência em Direito Eleitoral, Ademir Ismerim construiu uma carreira sólida na advocacia e se tornou uma figura influente nos bastidores da política. Além do universo jurídico, sua trajetória também se entrelaça com a música, especialmente por meio da parceria com o cantor e compositor Carlos Pitta. Nesta segunda parte da entrevista, Carlos Augusto, editor do Jornal Grande Bahia, explora o perfil e a trajetória do jurista.
Nascido em São Roque do Paraguaçu, distrito de Maragogipe, Ismerim formou-se em Direito pela Universidade Católica do Salvador. Sua atuação na advocacia o levou a se tornar uma referência no Direito Eleitoral, prestando assessoria a diversas prefeituras na Bahia e em Goiás. Além disso, presidiu a Comissão Eleitoral da OAB-BA por quatro eleições consecutivas, consolidando sua influência no meio jurídico.
Ainda assim, a música sempre teve um espaço especial em sua vida. Desde jovem, Ismerim cultivou o gosto pela composição e encontrou na parceria com Carlos Pitta uma forma de expressar seu talento artístico. Apesar de nunca ter considerado a música como carreira principal, ele valorizava profundamente a experiência de escrever letras e acompanhar o processo de criação ao lado do amigo.
“Provavelmente não seguiria a carreira artística integralmente. Estou satisfeito com minha trajetória na advocacia”, afirma. O Direito, para ele, sempre foi um chamado, e sua atuação na área eleitoral lhe proporcionou desafios e conquistas. “Tudo o que fiz no Direito procurei fazer bem. Nem sempre consegui, mas sempre tentei”, reflete.
Com a morte de Carlos Pitta, Ismerim se distanciou da música.
“Vivi bons momentos difíceis de serem resgatados, mas perdi o parceiro que acreditava na nossa parceria”, lamenta. Apesar disso, continua acompanhando o cenário musical e acredita que a Bahia seguirá sendo um celeiro de talentos. “Sempre haverá espaço para boas composições. A Bahia é uma nascente fortíssima da música brasileira”, afirma.
Para os jovens advogados que também desejam explorar a arte sem abrir mão da carreira jurídica, Ismerim dá um conselho valioso: “Se existe essa vontade, que acreditem no seu potencial e procurem viver isso da melhor forma possível”. Ele é a prova de que é possível transitar entre diferentes áreas sem perder a essência.
Sua trajetória mostra que a música e o Direito, embora distintos, podem coexistir. Enquanto as letras que escreveu com Pitta permanecerão como um registro de sua sensibilidade artística, sua atuação no Direito Eleitoral segue impactando a política e a justiça na Bahia.
“Não quero colocar um ponto final na minha história. Estou aberto para novas aventuras jurídicas”, conclui.
Seja nos tribunais ou nas lembranças das melodias compostas ao lado do amigo, Ademir Ismerim deixa sua marca em dois mundos que, embora distintos, têm em comum a busca pela verdade e pela emoção.
Perfil Biográfico de Ademir Ismerim
Ademir Ismerim Medina nasceu na década de 1950, é Casado, pai de dois filhos, e reconhecido como um dos advogados mais destacados da Bahia na área do Direito Eleitoral. Formado pela Universidade Católica do Salvador, ele prestou assessoria a diversas prefeituras e políticos em estados como Bahia e Goiás. Foi presidente da Comissão Eleitoral da OAB-BA por quatro eleições consecutivas.
Além da advocacia, desenvolveu uma relação profunda com a música, compondo ao lado de Carlos Pitta. Seu amor pela Bahia e sua cultura refletem-se tanto em sua trajetória jurídica quanto na arte que ajudou a criar.
Perfil Biográfico de Carlos Pitta
Carlos Pitta nasceu em 1955, em Feira de Santana e faleceu em 10 de janeiro de 2025, aos 69 anos, em Salvador. Ele foi um destacado compositor e intérprete da música baiana. Nascido em Feira de Santana, destacou-se pela valorização da cultura nordestina em suas composições, mesclando ritmos como o samba de roda, o baião e a MPB. Sua canção “Cometa Mambembe“, feita em parceria com Edmundo Caroso, tornou-se um símbolo de sua obra e de sua visão poética sobre a vida e a música.
Ao longo de sua carreira, Pitta trabalhou ao lado de diversos artistas e participou ativamente do movimento de valorização da música regional. Seu legado permanece vivo na identidade cultural da Bahia e na memória dos que apreciam a riqueza musical do estado.
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