A Polícia Federal (PF) investiga a atuação de um de seus agentes, Wladmir Matos Soares, acusado de vazar informações sobre a segurança do presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante o período de transição de governo. O episódio, que envolveu o repasse de dados confidenciais, foi descoberto a partir de um áudio obtido pela própria PF e está relacionado às investigações da trama golpista orquestrada durante o governo de Jair Bolsonaro.
O vazamento de informações ocorreu no dia 13 de novembro de 2022, quando Soares, que integrava a equipe de segurança externa responsável pela vigilância nos arredores do hotel em que Lula estava hospedado, enviou um áudio para o militar do Exército, Sergio Cordeiro, que estava lotado na Presidência da República. Nesse áudio, Soares relatava que agentes não identificados haviam se dirigido ao hotel onde o presidente eleito se encontrava, sem se identificar adequadamente.
No áudio, o agente descrevia que o gerente do hotel havia informado sobre a presença de quatro indivíduos que se diziam ser da Polícia Federal, mas não forneceram qualquer identificação. Além disso, foi destacado que os indivíduos afirmaram estar em missão secreta e não puderam revelar mais detalhes sobre sua identidade ou funções. Soares expressou incerteza sobre a verdadeira natureza dos agentes, questionando se eles pertenciam ao Gabinete de Segurança Institucional (GSI) ou se estavam trabalhando para outra esfera de poder.
Posteriormente, o agente revelou que os indivíduos em questão pertenciam ao Comando de Operações Táticas (COT), uma unidade de elite da PF. Soares também relatou que a equipe do COT havia sido acionada para reforçar a segurança de Lula, após os atentados contra a sede da PF em Brasília, registrados horas após a diplomação de Lula como presidente eleito pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
O conteúdo dos áudios, que se tornou público recentemente, faz parte das investigações sobre a tentativa de golpe de Estado, que resultou no indiciamento de Jair Bolsonaro e outras 39 pessoas em novembro de 2023. A divulgação dos áudios ocorreu após a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), de retirar o sigilo sobre as provas apresentadas pela Procuradoria-Geral da República (PGR).
*Com informações da Agência Brasil.
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