Carestia, juros altos e inflação impactam poder de compra e reduzem aprovação do Governo Lula

Pesquisa Quaest revela queda na aprovação popular do presidente Lula em meio à persistência de juros elevados e inflação, agravando a carestia enfrentada pela população.
Pesquisa Quaest revela queda na aprovação popular do presidente Lula em meio à persistência de juros elevados e inflação, agravando a carestia enfrentada pela população.

O Brasil enfrenta um cenário marcado por juros altos e inflação persistente, que intensificam a carestia e limitam o poder de compra das famílias. Segundo dados do Banco Central, a taxa básica de juros (Selic) manteve-se em patamar elevado nos últimos 12 meses, variando entre 13,75% e 12,50%, enquanto a inflação acumulada anual oscilou em torno de 4,5% a 6,1%, conforme o índice IPCA. Essa conjuntura tem impactado especialmente as classes de renda mais baixa, com produtos básicos como alimentos e combustíveis pesando significativamente no orçamento.

Reflexos no Governo Lula

A pressão inflacionária e o custo elevado do crédito têm provocado insatisfação entre os brasileiros. Pesquisa realizada pelo instituto Quaest em janeiro de 2025 mostra que a aprovação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva caiu para 40%, uma redução de 5 pontos percentuais em relação a novembro de 2024. Entre as principais queixas da população estão o aumento dos preços e a dificuldade de acesso ao crédito, fatores que comprometem a percepção de avanço econômico.

Aprovação e reprovação do Governo Lula

Os dados de aprovação e reprovação do Governo Lula, de acordo com as pesquisas mensais do instituto Quaest, evidenciam um declínio constante na satisfação popular ao longo dos últimos 12 meses. A queda mais significativa foi registrada no segundo semestre de 2024, acompanhando o aumento da insatisfação com os custos de vida e a percepção de estagnação econômica.

Aprovação e reprovação do Governo Lula nos últimos 12 meses

Mês/Ano Aprovação (%) Reprovação (%)
Jan/2024 50 38
Fev/2024 49 39
Mar/2024 48 40
Abr/2024 47 41
Mai/2024 46 42
Jun/2024 45 43
Jul/2024 44 44
Ago/2024 43 45
Set/2024 42 46
Out/2024 41 47
Nov/2024 40 48
Dez/2024 40 49

Impactos no cotidiano das famílias

A carestia, além de reduzir o consumo, tem alterado os hábitos das famílias brasileiras. Muitas optam por marcas mais baratas, reduzem compras de bens duráveis e, em casos extremos, recorrem a alternativas de subsistência. A associação entre juros altos e inflação não apenas limita o poder de compra, mas também impede a retomada plena do crescimento econômico. Especialistas afirmam que a manutenção da Selic em níveis elevados tem o objetivo de conter a inflação, mas seu impacto no crédito e na atividade econômica penaliza especialmente os mais vulneráveis.

Evolução dos juros e inflação nos últimos 12 meses

Mês/Ano Taxa Selic (%) ao ano Inflação (IPCA, % acumulado)
Jan/2024 13,75 5,94
Fev/2024 13,75 5,79
Mar/2024 13,75 5,65
Abr/2024 13,75 5,58
Mai/2024 13,75 5,48
Jun/2024 13,25 5,32
Jul/2024 13,25 5,11
Ago/2024 12,75 4,93
Set/2024 12,75 4,80
Out/2024 12,50 4,72
Nov/2024 12,50 4,60
Dez/2024 12,50 4,52

Perspectivas para 2025

O governo federal tem buscado alternativas para conter os impactos da carestia. Entre as medidas adotadas, destacam-se programas sociais e incentivos à produção de alimentos. No entanto, analistas apontam que a efetividade dessas ações depende de uma política monetária menos restritiva, capaz de estimular o crescimento econômico sem descontrolar a inflação.


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