A 2ª Vara Criminal da Justiça Federal de Salvador validou, neste mês de fevereiro de 2025, o arquivamento do processo contra o senador Jaques Wagner, na última sexta-feira, após constatar a inexistência de indícios de envolvimento do político em crimes investigados pela Operação Lava Jato. A decisão, tomada pelo juiz federal Fábio Moreira Ramiro, reafirma a posição do Ministério Público Federal (MPF), que já havia manifestado a falta de elementos suficientes para sustentar as acusações. A sentença determina que, após quase sete anos de investigações, não há provas concretas para dar continuidade à ação judicial contra Wagner.
O juiz federal afirmou, em sua decisão, que não há evidências que sustentem as acusações apresentadas durante a investigação. A Operação Lava Jato, que foi deflagrada em 2014, tinha como objetivo investigar casos de corrupção envolvendo políticos, empresários e funcionários públicos, e envolveu diversas figuras de destaque na política brasileira. Jaques Wagner, ex-governador da Bahia e atual senador pelo Partido dos Trabalhadores (PT), esteve entre os citados na operação.
O arquivamento do caso ocorre em meio a uma série de decisões que questionaram a atuação de membros da Lava Jato. O Supremo Tribunal Federal (STF) já havia anulado diversas ações da operação, considerando que muitos dos atos processuais foram excessivamente políticos e sem fundamento jurídico sólido. O ex-juiz federal e atual senador Sérgio Moro foi uma das figuras centrais da Lava Jato e também alvo de críticas devido à condução de investigações e processos que resultaram em condenações questionadas posteriormente.
Éden Valadares, presidente do PT na Bahia, manifestou apoio ao senador Jaques Wagner, criticando a ação da Lava Jato e defendendo que o processo contra Wagner era uma “farsa política”. Valadares apontou que a operação teve objetivos políticos, sendo usada como instrumento para enfraquecer e atacar a reputação de figuras políticas de destaque do PT.
“Wagner foi vítima da maior farsa política e fraude jurídica do Brasil. Um processo que tinha evidentes e comprovados vícios, objetivos políticos e resultou na chegada de Moro e Bolsonaro ao poder”, declarou Valadares.
A interferência da política no judiciário, segundo Valadares, comprometeu a imparcialidade das decisões, gerando um ambiente de perseguição a políticos ligados ao PT, como foi o caso de Jaques Wagner. O dirigente petista reforçou que a perseguição à imagem de Wagner prejudicou a justiça e destacou o comprometimento do senador com a ética política e os interesses da população baiana e brasileira.
“Quando a política entra em um tribunal, a justiça sai pela janela. E infelizmente foi isso que aconteceu. Wagner foi alvo de uma campanha desonesta por ser o grande quadro que é do PT na Bahia e no Brasil. Essa é a verdade”, concluiu.
A decisão judicial reflete, também, a continuidade dos questionamentos sobre a legitimidade das investigações da Lava Jato e a utilização de ações judiciais para fins políticos, algo que tem gerado uma crescente onda de críticas em setores da sociedade brasileira.
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