Na terça-feira (18/03/2025), diversas centrais sindicais realizaram protestos em várias cidades do país, com o objetivo de pressionar pela redução da taxa básica de juros Selic. Em São Paulo, o ato ocorreu em frente à sede do Banco Central, na Avenida Paulista, e reuniu centenas de pessoas. O evento foi intitulado Dia Nacional de Mobilização Menos Juros, Mais Empregos.
João Carlos Gonçalves, conhecido como Juruna, representante da Força Sindical, explicou que o ato ocorre tradicionalmente quando o Banco Central está prestes a tomar decisões sobre a taxa de juros. Em entrevista à Agência Brasil, Gonçalves afirmou que a taxa de juros elevada prejudica investimentos na indústria e consumo, uma vez que o aumento dos preços afeta a geração de empregos. De acordo com ele, uma redução da taxa Selic traria condições econômicas mais favoráveis à produção, ao consumo e à geração de empregos.
O protesto contou com a presença de várias centrais sindicais, como a Central Única dos Trabalhadores (CUT), a Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), a União Geral dos Trabalhadores (UGT), a Intersindical e a Nova Central Sindical dos Trabalhadores (NTST).
Atualmente, a taxa Selic está fixada em 13,25%, mas há expectativas de que o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decida aumentá-la para 14,25% durante a reunião que ocorre hoje e amanhã (19/03/2025). Caso essa elevação seja confirmada, será o maior nível da taxa Selic desde 2016.
Adilson Araújo, presidente da CTB, criticou a possível alta da Selic, afirmando que o Banco Central está agindo a favor do capital especulativo e do rentismo. Ele ressaltou que a taxa de juros elevada está tornando o Brasil o país com a maior taxa de juros do mundo, o que, segundo Araújo, não tem justificativa. Para ele, a melhor maneira de superar a recessão econômica seria reduzir os juros.
O movimento também obteve apoio de membros da União Municipal dos Estudantes (Umes). Valentina Macedo, presidente da Umes, destacou que o movimento estudantil tem denunciado a falta de investimentos na educação, citando que, no ano anterior, o valor destinado à educação foi sete vezes inferior ao montante destinado aos bancos. Macedo criticou a destinação de recursos públicos para o setor financeiro, em detrimento de investimentos essenciais para a educação e outras áreas sociais.
O Banco Central foi procurado pela Agência Brasil, mas não se pronunciou sobre a manifestação das centrais sindicais até o momento da publicação.
*Com informações da Agência Brasil.
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