O Governo do Estado da Bahia anunciou a criação de um grupo de trabalho para atuar nos conflitos agrários do Extremo Sul da Bahia. O anúncio foi feito nesta quarta-feira (19/03/2025) pelos secretários de Relações Institucionais, Adolpho Loyola, e de Segurança Pública, Marcelo Werner, durante visita à cidade de Teixeira de Freitas, um dos principais focos de disputas fundiárias da região.
Grupo reunirá governo, FAEB e povos originários
O grupo contará com representantes do governo estadual, da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado da Bahia (FAEB) e de organizações dos povos originários. A primeira reunião está prevista para segunda-feira (24/03/2025), às 15h, na sede da Secretaria de Relações Institucionais (Serin), no Centro Administrativo da Bahia (CAB), em Salvador.
O secretário Adolpho Loyola explicou que a iniciativa atende à orientação do governador Jerônimo Rodrigues e tem como objetivo promover o diálogo entre as partes envolvidas nas disputas por terras.
“Com a determinação do governador Jerônimo, vamos constituir este grupo para reunir as partes interessadas, estabelecer o diálogo e contribuir para a segurança da região. A Serin será responsável pela interlocução entre movimentos sociais, entidades de classe e outros órgãos do governo”, afirmou Loyola.
Estudo de operação nos moldes da Operação Safra
Durante a visita a Teixeira de Freitas, os secretários discutiram a criação de uma operação semelhante à Operação Safra, já em vigor há mais de uma década no Oeste baiano, voltada à proteção da produção agrícola e à redução de conflitos durante períodos de colheita. A proposta busca fortalecer a segurança nas áreas rurais do Extremo Sul, especialmente nas regiões com histórico de invasões de terras e confrontos.
Ações de segurança e investigação
O secretário de Segurança Pública, Marcelo Werner, informou que o governo adotará medidas para reforçar a presença policial e a mediação de conflitos. O efetivo da Polícia Militar será ampliado e equipes especializadas da Polícia Civil e da Coordenação de Conflitos Agrários atuarão na região.
“As forças de segurança vão atuar na mediação dos conflitos, na repressão qualificada e na investigação rigorosa de eventuais crimes. A operação será integrada, com foco na proteção da população e na redução das tensões”, destacou Werner.
As autoridades estaduais pretendem adotar uma abordagem que combine ações de segurança e mediação, a fim de equilibrar as demandas dos produtores rurais e dos povos originários que reivindicam direitos sobre terras.
Contexto dos conflitos no Extremo Sul da Bahia
O Extremo Sul da Bahia enfrenta uma série de disputas agrárias que envolvem produtores rurais e comunidades indígenas, como os Pataxó e Tupinambá. As tensões incluem relatos de invasões de propriedades privadas, conflitos armados e pressões sobre a produção agrícola local.
O governo busca, com a criação do grupo de trabalho e o fortalecimento da segurança pública, reduzir a instabilidade e estabelecer uma agenda permanente de diálogo entre as partes, garantindo maior previsibilidade e segurança para todos os envolvidos.
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